Cognição: é a inteligência artificial tomando vida

 

Quem não morria de medo da Skynet, rede virtual que dominou o mundo em “O Exterminador do Futuro”? Ou então se assustou com a possibilidade de nascerem David´s por aí, o robô com sentimentos de “Inteligência Artificial”? E torceu para que a esposa do Dr. Will Caster, em Transcendence, não o tornasse cada vez mais poderoso?

Para quem acha que tudo isso é filme de ficção, vale o alerta: é mais realidade do que se imagina. Uma realidade que convive com todos nós diariamente, nos mais diversos segmentos.

Já reparou, por exemplo, que você recebe ofertas baseadas em suas preferências? Mais do que isso, baseadas no seu histórico de compras. Aliás, vamos mais longe: baseadas na possibilidade de comprar algo que jamais imaginou comprar (e quando comprar, certamente irá gostar)? Isso está acontecendo hoje com grande redes varejistas, no Brasil e no mundo. O tão falado big data, que gerou inúmeras discussões sobre o excesso de informações e seu uso, trouxe reais possibilidades de entender profundamente cada cliente e traçar uma rota comportamental que o próprio ainda não imaginou, direcionando seu comportamento de acordo com as necessidades de ganho de cada empresa.

O dilema de Tostines fica evidente aqui: o cliente comprou porque foi estimulado, ou somente antecipou um comportamento futuro? Fiquemos com a reflexão. Mas, enquanto vamos refletir em voz baixa. As paredes e seu computador tem ouvidos.

Para quem não sabe, a IBM já está bem avançada no tema. Um sistema chamado Watson já está sendo implementado em diversas empresas customer centric. Basicamente, ele aprende com as informações transacionadas e traz respostas baseadas em algoritmos altamente sensíveis. É a cognição em sua forma mais pura: aprender com todas as interferências do ambiente, criando uma inteligência própria capaz de operar sozinha.

Mas é preciso muito cuidado na gestão dos dados. Não é uma ciência matemática que traz uma resposta exata, apesar de ser baseada em estatística e probabilidades. Recentemente a Microsoft criou um robô que interagia com suas redes sociais. O resultado foi desastroso: tornou-se pornográfico e nazista em poucas horas. Foi tirado do ar. Tudo bem, era um piloto, mas não se brinca com experimentos. A Skynet, por mais ficção que fosse, começou com um projeto militar e quase dizimou a raça humana. A interferência humana no processo virtual sempre será necessária para balizar decisões e ajustar ações.

Os próximos passos já estão sendo dados: não temos como fugir da inteligência artificial que está sendo criada. O futuro será sim, muito parecido com a ficção. Talvez menos dramático e bélico, mas certamente mais baseado em predições do que em histórico. Então, prepare-se: seu futuro marido/esposa será escolhido com base em dados cognitivos. Ou acha que Tinder e Happn são somente inocentes aplicativos de dating? ;-)

imagem: Shutterstock

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