Quando foi que tudo ficou tão errado?

Quando foi que as coisas simples se tornaram exceção no dia a dia?

Quando foi que começamos a parar para admirar o céu pois não lembrávamos da última vez em que gastamos alguns minutos em tal apreciação?

Quando foi que se juntar à família ao redor da mesa para o café da manhã se tornou atividade fora da rotina?

Quando foi que o pão com ovo virou novidade no cardápio?

Quando foi que os filhos passaram a estranhar demonstrações de amor dos pais?

Quando foi que os pais passaram a questionar o respeito de seus filhos?

Quando foi que muita coisa normal, se “anormalizou”?

Olhamos para o céu e gastamos minutos contemplando algo que não contemplávamos a dias. Não lembramos de olhar pelas janelas e quando lembramos, agimos feito bobos, postamos fotos da paisagem que está lá fora, sem nos dar o trabalho de pisar no quintal.

Não apreciamos mais a companhia das pessoas que nos são próximas. Adoramos quando nos reunimos, mas não fazemos questão de ao menos no domingo, acordar no mesmo horário para tomar o café. Nem que seja para fazer isso e depois voltar para a cama. É sacrifício demais.

E o pão com ovo, que é simples e delicioso. Mas quem quer preparar e comer um antes de ir para o trabalho? Melhor parar em um “Café”, aconchegante e impessoal, gastar alguns trocados com isso e sentir que está fazendo algo diferente, quando o diferente teria sido o pão com ovo.

E o amor, aquele que forma pessoas, que constrói o caráter; o amor entre pais e filhos. Certo seria ouvir um “eu te amo” do pai ou da mãe e revirar o olhar, típico da rebeldia adolescente, por já ter cansado de ouvir. E não o sentimento de surpresa. Surpresa é ouvir esta declaração dos pais? Não parece certo.

Igualmente não parece certo que os pais se surpreendam quando um filho lhe obedece. Respeito, cadê você e por que não sentem sua falta? Só percebem que você existe, quando milagrosamente dá sinal de vida.

Enfim, eis algumas coisas simples que já não são mais simples ou comuns, embora pareça muito errado não serem mais assim. Fica aqui apenas o desejo de que tudo volte ao normal, ao normal de antes, não o de agora.

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