O que motiva os talentos criativos?

Recentemente a comunidade Working not Working divulgou uma lista que engloba as 50 empresas que são o sonho de consumo dos criativos, intitulada “Companies Creatives Would Kill to Work Full Time” ou “Companhias pelas quais os criativos ‘matariam’ para trabalhar em período integral”. E das empresas presentes na lista, a maioria são de fora do mercado de publicidade e propaganda. Não que isso seja um insight novo para a indústria, mas o resultado coloca mais em evidência a luz amarela sobre este tema, principalmente para as agências mais tradicionais que precisam voltar a ser desejadas.

A lista é elaborada a partir da resposta da base do Working not Working, que atualmente tem 30.000 inscritos em sua rede. Entre eles 64% são freelancers e 36% têm emprego fixo. Nos Estados Unidos, país que reconhecidamente possui uma cultura freelancer mais desenvolvida que o Brasil, ser citado em uma pesquisa em que a maioria dos votantes não tem emprego fixo, é ouro. Assim como a ausência de grandes redes ou grupos de comunicação, por exemplo, pode apontar sinais de preocupação.

Então o que fazer ser sexy se os seus concorrentes são de companhias de tecnologia, entretenimento, varejistas e plataformas de streaming? Para as empresas que atuam em publicidade e marketing, uma das soluções foi a renovação do ambiente de trabalho, quase que uma adaptação ao modelo adotado pelas concorrentes.

É o caso da AKQA que no escritório do Brasil, mantém até mesmo uma ‘mãe’ para cuidar dos colaboradores. “Atraímos talento primeiro pelo nosso dia-a-dia. Temos uma família, com uma mãe que cuida da gente. Depois buscamos eficiência, para que as pessoas mantenham uma qualidade de vida”, destaca Hugo Veiga, ECD responsável pelo escritório de São Paulo, ao lado de Diego Machado. Para ele, até mesmo os clientes com os quais a empresa trabalha, fazem a diferença na hora de atrair colaboradores. “Procuramos fazer projetos inovadores para clientes como Google e Netflix”, acredita Veiga.

A MediaMonks, produtora digital holandesa que está no Brasil há um ano e meio e possui onze escritórios no mundo, também adota uma postura semelhante ao escolher participar de projetos para clientes como Google, Snapchat, entre outros. E apesar de não se colocar como agência, também desenvolve soluções para briefings criativos. “Criamos uma cultura em que a ambição global está relacionada à relevância cultural. Nós ficamos à frente das tendências tecnológicas ao fazer parcerias com os principais gigantes tecnológicos do mundo e dizer sim aos briefings aparentemente impossíveis”, explica Victor Knaap, CEO e co-fundador da MediaMonks.

Este é o quarto ano que a rede Working Not Working, dos Estados Unidos, divulga a pesquisa. Entre as outras empresas que trabalham com publicidade e que figuram a lista estão, Anomaly, BBDO, 72andSunny, Barton F. Graf, Droga5,  Mother, R/GA e Wieden & Kennedy. Veja a lista completa e nos conte criativo, o que te motiva? lista empresas

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