A não ser que você tenha passado os últimos meses em uma caverna em Tristão da Cunha (o arquipélago mais isolado do mundo), deve ter ouvido a palavra mágica do momento: bitcoin. Quer saber mais sobre blockchain e bitcoin? Dá uma olhada nesse vídeo.
Neste modelo, há o que se chama ‘mineração’ de bitcoins que, muito por alto, utiliza o processamento computacional de “mineradores” para validação das transações realizadas na rede e, por isso, resulta em um ‘pagamento’ para este minerador. Comparativamente, este processo de mineração agiria como um “Banco Central descentralizado”, gerando mais moedas, porém, tornando mais difícil fazê-lo com o passar do tempo de forma a controlar sua disponibilidade e evitar a desvalorização exagerada por conta da oferta.
Bem, no início era possível fazer a mineração em computadores pessoais, mas, a adaptação do sistema para controlar a quantidade de bitcoins disponíveis faz com que seja constantemente necessário aumentar o poder de processamento das máquinas que realizam esta tarefa, chegando ao ponto, hoje, que não é mais financeiramente viável realizar em este processo no conforto do lar pois o gasto em energia elétrica e dos próprios equipamentos necessários para isso ultrapassaria a fração de Bitcoin que o cidadão receberia.
Hoje em dia é necessário um espaço e investimento um pouquinho maiores, como nesta fazenda de mineração localizada na Islândia:
https://www.youtube.com/watch?v=CHRVFmaJDV8
Assim, a maior parte da troca de valores se dá no mercado secundário, com a compra de Bitcoins em sites especializados (exchanges), como casas de câmbio.
O que você talvez não saiba é que códigos maliciosos em servidores e websites podem sequestrar navegadores de internet e usar o processamento de CPU destes computadores ‘infectados’ para o processo de mineração de bitcoins, mesmo com o navegador fechado no computador.
Individualmente, cada computador feito de escravo contribui muito pouco, mas, em escala, o minerador malicioso distribui o processamento necessário entre vários computadores “infectados” (uso livre do termo). Assim, um pobre cidadão pode ter seu computador consumindo mais energia e processamento enquanto ajuda alguém do outro lado do mundo a conseguir suas frações da criptomoeda.
O Chrome e o Firefox possuem extensões que, uma vez instaladas, bloqueariam este acesso malicioso, mas a nova versão do Opera (50), lançada há alguns dias, traz esta funcionalidade como padrão, ajudando a usuários menos experientes, ou melhor, a grande maioria da população que não tinha a menor ideia de que isso era possível.
Se você usa outro navegador e tem notado que sua máquina tem esquentado demais, ficado um pouco mais lenta, barulhenta… bem, entre outras coisas pode ser que você esteja ‘ajudando’ a economia virtual e nem sabe. E pior, não só deixando de receber o suado dinheirinho (?), mas pagando pra isso.
POR 
ENG