The Future 100: as tendências para 2018 em comidas e bebidas

Análise é realizada anualmente pela J. Walter Thompson Intelligence

A J. Walter Thompson Intelligence realiza todos os anos um compilado de tendências para ficar de olho no ano que está por vir, o The Future 100. Por meio do site deles, o conteúdo pode ser baixado gratuitamente, em PDF.

As tendências para 2018 são divididas em dez tópicos: Cultura, Tecnologia e Inovação, Viagem e Hospitalidade, Brands e Marketing, Comida e Bebida, Beleza, Varejo, Saúde, Luxo e Lifestyle.

Nas próximas duas semanas, vou destacar aqui no UoD o que achei de mais interessante em cada uma das categorias – tanto para o bem quanto para o mal. Abaixo, seguem as tendências na área de Comidas e Bebidas.

alimentos naturais

Orgânico, natural & sustentável

Não precisa ir muito longe para encontrar essa tendência – e eu nem estou falando de destinos fora do país, não. Toda grande cidade hoje tem, infelizmente ainda dentro de seus bairros mais moderninhos, supermercados orgânicos, vegetarianos, veganos, de economia sustentável entre outras qualidades amigas do meio ambiente. A tendência agora é, finalmente, ter esses produtos de maneira mais acessível no sentido mais amplo da palavra – fáceis de encontrar, em mercados próximos a você e não somente em feiras esporádicas ou e-commerces – e mais baratos, é claro.

Nos EUA, por exemplo, uma pesquisa recente indicou que entre os millennials, 49% esperam consumir apenas produtos livres de transgênicos; 43% preferem os orgânicos, 53% só se alimentam de produtos naturais e 64% checam se o item é oriundo de uma economia sustentável. O estudo foi conduzido pela SONAR, ferramenta de pesquisa de mercado da J. Walter Thompson. Se isso acontece nos EUA, terra do fast food, imagina no resto do mundo…

Uma vez que produtos naturais se tornarem o “normal” em vez do “premium”, não vai ter como as marcas nadarem contra essa maré. É bom pra saúde, é bom pro ambiente e, consequentemente, vai ser bom pra indústria e pra economia também.

parece drink

Ainda na vibe saudável…

Uma das coisas mais difíceis de evitar quando se está em busca de uma dieta mais saudável é, ao meu ver, as bebidas alcoólicas. Aparentemente para muitas outras pessoas também, uma vez que a próxima tendência fala da busca da geração atual por uma bebida não-alcoólica premium, que ofereça uma “experiência” – a palavra da atualidade.

A ideia aqui é um “wellness bar”, tipo o que a empresa norte-americana de bebidas detox Dirty Lemon inaugurou em Nova York: um bar pop-up, só de bebidas sem álcool, dentro de um bairro cool da cidade. O espaço, temático para se parecer com uma farmácia vintage, vendeu bebidas com diversas variações de produtos que fazem bem, como colágeno e carvão ativado. A marca trabalhou com mixologistas locais para chegar a uma experiência que tivesse mais cara de vida noturna do que de bem-estar – sem, é claro, perder os benefícios para a saúde das bebidas.

Isso é interessante para o mercado de bebidas que começou a presenciar uma queda de vendas a partir de 2016, quando os indíces foram pra baixo pela primeira vez nos EUA desde 2011. É uma chance de reverter essa história sem perder sua essência. E eu particularmente aposto que essa moda de “wellness bar” pega no Brasil.

chá

Mood do dia

Esse tópico fala basicamente sobre levar a sério as propriedades dos alimentos que as revistas de dieta argumentam mas que a gente nunca dá muita bola. Na prática: entender quais os reais benefícios que consumir determinados alimentos traz ao corpo e, principalmente, ao nosso humor.

Em agosto em ano passado, a Monarch Airlines introduziu em seus voos um menu de bordo só com alimentos que melhoram o humor, para causar nos passageiros uma sensação mais tranquila ao longo da viagem. Havia, por exemplo, alcaçuz para aumentar a imunidade, chá verde para reduzir o inchaço e bolos de lavanda para induzir o relaxamento.

Em um momento em que muito se discute sobre saúde mental, pensar melhor no impacto que nossa alimentação pode ter sobre ela é totalmente válido. É a alimentação para muito além do hábito de apenas comer para matar a fome.

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