A artista Juana Gómez busca traduzir em arte os sistemas que compõem o mundo exterior. Ela borda ossos, músculos, veias e sinapses em autorretratos, criando imagens que mostram suas estruturas biológicas como uma forma de traduzir os padrões encontrados na natureza e na civilização moderna.
“Eu sempre vivi com minha mãe e minha avó, e eu bordei toda a minha vida. Quando eu comecei esses trabalhos, percebi que só estava repetindo coisas que aprendi quase que por osmose. Eu bordei no ensino médio e durante meus estudos de arte e agora estou bordando com a intenção de dar forma tangível ao nosso mundo interior”, explica.
Juana é fascinada por conexões e fluxos entre o mundo anatômico e biológico, entre pessoas e a natureza. “Existe uma lei fundamental que pode ser vista nas veias de uma folha, no curso dos rios e seus afluentes, nos circuitos do sistema nervoso central, nas correntes do mar e nas rotas de trânsito na internet”.
“Decifrar essa linguagem, que conecta o micro cosmos com o macro cosmos, o mundo externo e interior, nos permite distinguir um padrão que influencia os sistemas inertes, biológicos, sociais e culturais”.
Gómez primeiro fotografa seções de seu corpo, rosto, torso, mãos, pernas, pés, e então imprime as fotos usando o bordado para trazer à tona essa conexão entre o mundo exterior e interior de todos os seres. Confira alguns exemplos a seguir e veja mais em seu site oficial.