Sempre que brincam com a diminuição caricata da nossa profissão, eu lembro que a criatividade pode mudar o mundo, se direcionada para o que realmente importa e em “Health” isso fica ainda mais evidente. Na programação do SXSW, diversas palestras abordam o tema, como no caso do uso da tecnologia na intervenção precoce do autismo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o TEA (Transtorno do Espectro Autista) afeta uma em cada 160 crianças no mundo. Trata-se de um grupo de desordens complexas do desenvolvimento do cérebro, que se caracterizam pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos, em maior ou menor grau.
O autismo não tem cura, mas o que pouca gente sabe é que se o transtorno for diagnosticado precocemente e a criança passar a ser estimulada antes dos 3 anos de idade, a chance dela desenvolver habilidades sociais saltam para 80%, o que representa mais autonomia para ela e toda sua família.
Se a tecnologia já atrai os olhares curiosos das crianças, nas que apresentam tal condição o entusiasmo é redobrado, pela fixação nas cores, formas, movimentos e sons. E é neste cenário que ela desperta, envolve e o melhor: desenvolve as habilidades.
Separei duas soluções que vi sobre o tema, para compartilhar com vocês. A primeira delas é o OOLY, um app baseado em pesquisas científicas sobre a luz e seu impacto no sono, realizado pela NASA, Harvard Medical School e National Institutes of Health, que ajuda crianças a relaxarem e terem noites mais tranquilas. Espie:
A segunda é o Holli – um app fantástico a ser usado junto com o Google Glass, que ajuda a criança a conversar, ao identificar o assunto e oferecer respostas adequadas a serem verbalizadas, na tela do wearable. Confira:
https://www.youtube.com/watch?v=xAJuH8n9g3w
O fato é que cada criança requer uma intervenção diferente e estímulos corretos podem diminuir suas crises de ansiedade, por estarem mais preparadas. Assim conseguem canalizar suas habilidades, que costumam ser muitas.