O som do Brasil em Austin

Liniker e os Caramelows, Filipe Catto e Silibrina no SXSW.

Não é sempre que temos a oportunidade de presenciar os talentos de casa brilhando em outro país, e confesso que me dá um orgulhinho. Ontem tive a oportunidade de bater um papo com pessoas que estão aqui em Austin nos representando lindamente. A Apex reuniu três excelentes bandas brasileiras: Liniker e Os Caramelows, Filipe Catto e os surpreendentes novatos Silibrina.

Liniker e os Caramelows já dispensam apresentação. Tive o privilégio de bater um papo com eles há uns dois anos, no MECA Festival. Dessa vez, perguntei o que mudou de lá pra cá. Falamos de confiança e limites, de ser visto como humano versus artista, do álbum novo que estão cozinhando.

104e0158 5728 4e76 b092 7c3afc00fbb0Filipe Catto também não precisa de introdução. Meu papo com ele passou voando: Filipe me contou sobre seu background de designer e sobre como o processo criativo do álbum, para ele, vem completo e passa também pela parte visual. Falamos sobre o retorno de Saturno, sobre propósito no trabalho, escolhas e renúncias, sobre se colocar no mundo com integridade e de forma autêntica (que me lembrou o que a Bozoma Saint John falou sobre se levar inteiro para o trabalho).

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Silibrina foi a enorme surpresa do dia. Enquanto eles tocavam, eu olhava ao meu redor: gente dançando e exclamações sobre como os meninos são bons. Essa é a primeira viagem deles como banda para fora do país (e a primeira para muitos membros da banda), e foram muito elogiados pelo público e pelas bandas com mais tempo de estrada. O som deles mistura influências de jazz, pop e músicas brasileiras, como baião, maracatu e frevo. Foi uma coisa linda de ver, e meu papo com Gabriel, pianista e compositor, foi uma jornada do herói sem tirar nem por. E que legal ver gente talentosa ganhando espaço. (Ouça o álbum deles aqui)

Com todos eles, um tema em comum surgiu: eles são conhecidos por um aspecto específico de sua arte, mas todo mundo exercita sua criatividade de formas diversas.  Gabriel, do Silibrina, também é diretor de audiovisual. Filipe Catto é designer e faz o cenário, o figurino, a capa do disco. Liniker escreve crônicas, Barone cozinha.

O que ficou de muito importante para mim dessa conversa foi a liberdade de ampliar o escopo. Depois de ver a manifestação da criatividade em muitas formas para todos eles, pensei muito sobre como não somos uma coisa só. Uma sensação libertadora, de possibilidades e despretensão.

 


Este post faz arte da cobertura oficial do SXSW 2018 pelo Update or Die, diretamente de Austin, no Texas. Não deixe de conferir os outros posts com o melhor do festival na nossa página exclusiva do festival clicando aqui.

 

 

 

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