Todo mundo sabe que o Alzheimer é incurável e se agrava com o tempo, mas o que muita gente duvidava é que a nossa geração iria acompanhar a neutralização desta doença cheia de particularidades, cujos sintomas mais conhecidos são o declínio cognitivo e a perda progressiva da memória.
O Gene apoE4
Da California chegam notícias fantásticas que alimentam de esperança cerca de 44 milhões de pessoas ao redor do mundo que vivem neste cenário. Durante um estudo de laboratório, cientistas da Gladstones Institutes conseguiram identificar e anular, pela primeira vez, a proteína associada ao gene apoE4, impossibilitando que ela danifique as células de neurônios humanos.
Usando a tecnologia de células-tronco, eles recriaram tais neurônios a partir de células da pele doadas por pacientes de Alzheimer com duas cópias do gene apoE4. Ao comparar as células com as que não produziam uma proteína apoE, concluíram que a simples presença da proteína apoE4 estava causando danos cerebrais. Eles então aplicaram um “corretor de estrutura” genética, que eliminou os sinais da doença de Alzheimer.
Os pesquisadores agora estão trabalhando com a indústria farmacêutica para melhorar os compostos a serem testados em pacientes reais. Cura não há, mas projeta-se que, nas próximas décadas, as pessoas com Alzheimer poderão conviver com a doença, sem os sintomas devastadores, o que já é um baita motivo a ser comemorado.