A vida não é perfeita. Mas seu perfil pode ser.
Essa é a premissa do site LifeFaker, onde você pode comprar pacotes com fotos especialmente selecionadas para impressionar seus seguidores e simular um estilo de vida mais glamuroso do que na vida real. Você pode, por exemplo, comprar pacotes como o “veja meu feriado e chore”, ou o “meu corpão que você nunca vai ter”, ou o “eba, meu trabalho me faz viajar por lugares incríveis”.
Por que usar o LifeFaker
Veja meu feriado e chore
Meu corpão que você nunca vai ter 
Ah, não sei se reparou, mas é aqui que eu moro 
Meu namorado/Minha namorada Sexy 
Por que um site assim?
Sim, obviamente o site todo é uma brincadeira, mas que tem como objetivo mostrar que apesar de todos nós sabermos que este tipo de vida editada circula por aí, a prática continua a todo vapor, com imagens penetrando lentamente no seu cérebro você queira ou não e terem consequências piores do que se imagina. Mesmo sabendo que se trata de um show-of, elas fazem mal.
Claro que as redes não são essencialmente ruins e não podem ser acusadas de serem as únicas fontes deste tipo de transtorno (em português claro, a inveja – algo que TODOS estamos sujeitos, mesmo que inconscientemente), mas certamente as timelines turbinaram, e muito, as comparações com os outros e isso tem impacto importante sobre a saúde mental de muita gente, especialmente os mais jovens, que ainda estão desenvolvendo a personalidade e mais propensos a acreditar em versões distorcidas de um mundo muito melhor do que o deles.
Alguns Números
Alguns dados importantes (números da Inglaterra, mas aqui não deve ser muito diferente)nesse cenário:
- 91% dos jovens entre 16 e 24 anos estão nas rede sociais
- as taxas que medem ansiedade e a depressão cresceram 70% (!) nos últimos 25 anos.
- 62% das pessoas entrevistadas em estudo confessaram se sentirem diminuídas e com vidas inadequadas quando comparadas as vidas de outras pessoas em redes sociais
Eu sei que você sabe que é assim. Mas isso não impede que faça mal
De novo: sim, tenho certeza que você sabe que as redes são assim mesmo e que causam sim um mal estar. Mas o objetivo é que você ajude outras pessoas, não tão preparadas, a não cairem nessa armadilha. Nem todo mundo tem a sua experiência online, muitos estão sendo incluídos agora, muitas crianças e adolescentes estão usando redes sociais pela primeira vez. É importante expor esse fenômeno da “vida falsa” que circula por aí. No mundo real também rola, mas o foco aqui são as redes.
Estamos todos neste barco
E mesmo nós, que nos consideramos imunes a isso, mesmo sabendo como a coisa funciona… preste atenção na sua alma e no seu coração depois de passar alguns minutos rolando fotos. Pare, respire e se pergunte ao final: essa experiência soma ou que subtrai na minha vida? Ou, pra não generalizar e culpar a rede inteira, pergunte: “as fotos dessa pessoa estão somando ou subtraindo na minha vida?”
Não tenha medo de usar o unfollow, isso não significa que você não é mais amigo da pessoa, nem que ela seja má. Simplesmente tem gente que não funciona bem online e você não precisa participar desse pedido coletivo por atenção e amor virtual.
E cabe uma auto-reflexão também. Muitas vezes não temos nenhuma intenção de postar com o objetivo de causar inveja em ninguém, mas as imagens tem vida própria e, fora de contexto, ou para pessoas que não snao do seu círculo mais próximo, podem ser mesmo inadequadas e desnecessárias.
Enfim, a intenção não é criticar, mas convidar para pensar. Todos nós estamos chegando nesse mundo ultra-compartilhado agora. Estamos aprendendo o que funciona e o que não funciona.
Mas por enquanto, deixo apenas uma sugestão pra incorpora a sua vida JÁ. Siga e compartilhe conteúdo que faz bem, que nós faz melhores. SEMPRE.
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