A cada quatro anos é aquela mesma coisa: todo mundo quer fazer um produto comemorativo para surfar na onda (comercial) da Copa do Mundo, o que faz todo sentido, visto a mobilização internacional que o evento causa. O grande lance é que nem todo mundo se prepara como deveria para isso — e aí acaba passando vergonha em várias línguas.
Aqui na Rússia, por exemplo, a “mancada” foi da marca de água Svyatoy Istochnik (“Holy Spring”, em tradução literal), que fez um fuzuê ao lançar uma garrafa especial, no formato de uma bola, e deixou óbvio que não convidou os coleguinhas de exatas e biológicas para a reunião desta maravilhosa estratégia.
O resultado é uma garrafa no formato de uma bola de futebol… que pode começar um incêndio! Isso porque, quando exposta ao sol, o plástico esférico faz as vezes de lente de aumento e potencializa o calor.
Tudo isso começou porque um cliente da marca e amante do futebol adquiriu o produto e o deixou no chão de seu escritório. Tempos depois, notou um cheiro de fumaça, e notou uma marca diferente no piso — era queimadura.
Depois de “xingar muito no Twitter”, outros blogs e sites passaram a fazer simulações com a garrafa, e todos chegaram à conclusão de que, sim, ela poderia ser perigosa por esse pequeno detalhe físico.
Ao invés de concordar com os alertas de precauções e assumir o seu próprio erro, a Svyatoy Istochnik apresentou seu diploma da “José Mayer Escola de Gerenciamento de Crise” e continuou “bancando” esse produto desastroso, dizendo que antes de chegar às lojas, todos os testes foram feitos e ficou comprovado de que, quando armazenada nas condições certas, descritas na embalagem, a garrafa-bola não apresenta nenhum risco aos compradores.
Não podemos dizer o mesmo, porém, da reputação da marca.