Antigamente, lá pelos idos de 1890, os mineradores das minas de carvão usavam canários em gaiolas para checar a existência de gazes tóxicos. Basicamente, se o canário morresse, era hora de sair correndo da mina.
O canário é particularmente sensível aos gazes tóxicos como o monóxido de carbono que, para nós, é totalmente invisível e sem odor. Esse tipo de gaz se formava com muita facilidade depois de explosões dentro das minas, o que acontecia com frequência. E cada vez que isso acontecia, um dos mineradores descia na frente segurando a gaiola com o canário e – qualquer sinal de estresse no pássaro – ele dava meia volta e alertava todo mundo para evacuar a área.
Muitos canários foram sacrificados em favor das vidas dos mineiros até que um grupo de inventores resolveu dar um jeito nesta situação.
O Ressuscitador
O resultado foi uma gaiola nova, que ressuscitava os passarinhos. Ela tinha uma abertura, com uma grade que impedia a saída do canário.
Ao primeiro sinal de mudança de comportamento, essa abertura era fechada e a gaiola ficava lacrada. Aí uma válvula de oxigênio era aberta e o ar era purificado, salvando assim o bichinho (que provavelmente era reaproveitado em mais missões, mas de qualquer forma era melhor que morrer, né?).
A técnica dos canários funcionou durante um século inteiro, quando finalmente foi substituída por outra tecnologia em 1986.
E se você estiver por Manchester, na Inglaterra, você pode ir conhecer o ressuscitador de canários pessoalmente, lá no Museu de Ciência e da Indústria da cidade.
Certamente, mais um caso – literal – de um update or die.
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