A ciência explica a ascensão da poesia

Ela ataca o coração, mas é na mente que faz morada: somos biologicamente programados para nos “viciar” em poesia, conforme provado em um estudo inédito conduzido pela universidade britânica Bangor University, e publicado no jornal Frontiers of Psychology.

Os pesquisadores responsáveis usaram a ressonância magnética para entender como o cérebro humano reage à poesia, numa tentativa de entender e explicar a atemporalidade de alguns dos versos que comovem multidões, em várias línguas.

Ficou claro que a mente humana reconhece as rimas e o ritmo da poesia de uma forma completamente diferente; de um jeito que não se assemelha em nada com outras formas de discurso. O imaginário e a complexidade multinível de uma poesia ativa áreas específicas do cérebro – algumas delas, aliás, usadas para interpretar nossa realidade rotineira.

Num estudo paralelo, os pesquisadores leram uma variedade de frases para um grupo fluente na língua galega. Algumas das sentenças seguiam as regras da construção poética de Cynghanedd, uma forma tradicional e quase não-utilizada de poesia galega.

Mesmo que os ouvintes não fossem minimamente familiarizados com a poética Cynghadded, eles não titubearam ao atribuírem adjetivos positivos às frases que seguiam as regras da poesia tradicional, diferente das demais frases, que não seguiam norma alguma.

Por fim, ainda observaram uma “explosão” de atividade cerebral ao final das frases poéticas, mesmo sem reconhecer as regras da escrita em questão.

Tudo isso pode explicar aquilo que o coração já sentia e sabia, sem nem precisar entender: e quem duvida, pode colocar a mente e o peito à prova com esses “novos” poetas que estão embalando lágrimas e amores mundo à fora.

Ryane Leão, brasileira, autora do “Tudo Nela Brilha e Queima”

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Rupi Kaur, canadense, autora de “Outros jeitos de usar a boca”

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Nayyirah Waheed, americana, autora de “sal”

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Emily Byrnes, americana, autora de “Swim”

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