Eu, robô: se a sua casa está disponível na plataforma de aluguel por temporada Airbnb, saiba que seu próximo hóspede pode ser um tanto… diferente. É que empresas de tecnologias americanas têm contratado esses cenários reais para balizar os comandos de suas máquinas, a fim de torná-los perfeitos para as diferentes funções que vão exercer mundo afora.
Mas, calma, não há porque se preocupar e temer que os enlatados vão causar qualquer tipo de dano às residências. Os robôs levados a campo — ou aos airbnbs — já têm prática em diferente casas: depois de passar dias “se exercitando” sob o teto de seus criadores e dos amigos de seus criadores, as grandes empresas responsáveis passam, então, a alugar apartamentos, sobrados e casas térreas com diferentes plantas e mobiliários para validar (e lapidar) o movimento de suas máquinas.
Ah, e antes de continuarmos esse imbróglio todo, uma informação importante: os proprietários eram informados de antemão que os hóspedes em questão estavam ali por motivos de negócios; para o bem da ciência e, futuramente, da humanidade também.
A média de permanência in loco dos robôs nas casas era de um dia e meio, e um responsável sempre acompanhava os locatários eletrônicos.
“Algumas pessoas ficavam realmente empolgadas, querendo ver cada movimento dos robôs nos diferentes ambientes da casa”, contou o roboticista Lerrel Pinto à revista eletrônica WIRED. “Eles ainda nos disseram que poderíamos usar outros ambientes da residência, se quiséssemos”, complementou.
Essa possibilidade de testar a máquina em pisos distintos, com quinas, mobiliários e desafios diferentes são o grande atrativo dessa solução inusitada que as empresas de tecnologia encontraram, uma vez que esses testes no mundo real são as etapas mais importantes (e difíceis) do aperfeiçoamento dos robôs.
Mas apesar das tentativas, avaliações e aprendizados, ainda não se tem notícias de quando um desses robôs inteligentes poderão servir ao nosso lado, desempenhando serviços domésticos, por exemplo.
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