Hey Google, me conte alguma coisa boa. Mais uma iniciativa em favor do jornalismo de soluções

“Tell me something good” é um novo recurso, ainda experimental e restrito aos usuários dos Estados Unidos, em que a assistente de voz do Google faz um breve resumo de notícias com foco em soluções. É mais um aporte importante, de uma marca extremamente poderosa, ao chamado jornalismo de soluções.

Se você ainda não conhece a modalidade, precisa conhecer. O jornalismo de soluções é uma nova maneira de fazer jornalismo que tem sido discutido exaustivamente por grandes grupos de mídia como Nieman Reports, New York TimesMediaShift em que, ao invés de reportar problemas, foca em soluções.

não é “jornalismo positivo”, é “jornalismo de soluções”

Importante entender que não se trata de um “jornalismo positivo”, que foca só em histórias extraordinárias ou sucessos completos. Uma matéria de soluções não está necessariamente à procura de soluções rápidas ou mesmo soluções de eficácia comprovada. Também não busca um problema que foi resolvido perfeitamente ou finais felizes.

Em uma matéria de jornalismo de soluções, você pode mostrar o rosto da epidemia de heroína, cobrir a situação dos veteranos de guerra ou mesmo a brutalidade policial sem ignorar seu horror, enquanto se concentra simultaneamente em formas de avançar.

No jornalismo atual, até a previsão do tempo é sempre abordada pelo lado ruim: se tá frio vai ter gripe. Se tá calor, as pessoas estão se desidratando.

Pessoalmente, e já há algum tempo, tenho buscado esse tipo de jornalismo como fonte e posso afirmar que é daquelas coisas que realmente mudam a nossa vida. Pela definição já é possível entender e perceber as vantagens, mas depois que você começa a consumir esse tipo de abordagem em relação as notícias do seu dia, sua maneira de ver o mundo muda completamente. Uma mudança fundamental entre o consumo de problemas (e nada mais) para o consumo de soluções.

Antigamente as notícias ruins ajudavam a sobreviver. Hoje, atrapalham a maneira de ver o mundo

O video acima explica um pouco dessa nova modalidade. Conta um pouco desse fascínio humano pelas notícias ruins e justifica como uma herança cultural de sobrevivência dos nosso antepassados que, realmente, precisavam focar no perigo e no problema para sobreviver. É um ponto. Mas acredito que a pauta da desgraça de hoje em dia, infelizmente, tenha mais a ver com objetivos comerciais de audiência do que qualquer outra coisa. A notícia boa (viu como já pratico!) é que já temos tecnologia suficiente para sermos os nossos próprios editores.

Escolha suas fontes com sabedoria! Pesquise mais sobre o jornalismo de soluções.

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