Capitã ou Capitoa?

Antes da Capitã Marvel ser a Capitoa Marvel, outra pessoa foi o Capitão Marvel. E esse outro alguém foi um cara. Confuso?

Explicamos: Carol Danvers, a Capitã Marvel, pilota terráquea com superpoderes que chega em filme da Marvel no ano que vem, traz também a curiosa história da arte de batizar super-heroínas. Quando a Carol Danvers foi apresentada em 1968, era coadjuvante de uma história sobre um soldado alienígena chamado Mar-Vell que protegia a Terra. Basicamente um Superman com força e poderes tunados.

 Mas, espera, este Capitão Marvel da Marvel não é o Capitão Marvel da DC Comics. O outro era um órfão chamado Billy Batson dotado de poderes por um mago. Quando Billy pronunciava a palavra “Shazam!” – acrônimo de Sansão, Hércules, Atlas, Zeus, Aquiles, Mercúrio, ele se transformava em super-herói.

Bom, voltando para Carol Danvers, ela foi morta em missão, mas voltou na década de70.  Exposta às energias de uma máquina alienígena, a Pysche-Magnetron, ela ganhou os mesmos poderes do Capitão Marvel. Então, vestiu um traje provocante (heróis usavam cueca por cima da calça e heroínas, biquínis) e ganhou o nome de Ms. Marvel.

 A história dos batismos das personagens femininas começa morno, mas hoje em dia o assunto consome um pouco mais de neurônios dos criadores. Durante décadas, os nomes das super-heroínas eram apenas flexões de gênero dos heróis existentes. Supergirl, Batgirl, Hawkgirl, Miss Arrowette, Miss Marte, Mary Marvel, Garota-Aranha, She-Hulk, She-Thing. Exceção à Mulher-Gato, que começou como o Cat, mas o nome se mostrou muito genérico e ela foi rebatizada.
Achou bobo, o nome Ms. Marvel? Além de existem vários Mister (Terrific, Fantastic, Mind, E) e Doctors (Strange, Fate, Octopus, Midnight, Manhattan), nos anos 70, “Ms.” simbolizava o ativismo feminista. Tanto que era o nome de uma revista sobre o assunto que na primeira edição, estampou a Mulher Maravilha na capa. Acompanhando essa onda, era necessário e revolucionário achar um título feminino que não apontasse para estado civil ou idade. Mas dar o nome, era o de menos. Dentro do universo Marvel, ela não tinha a maneor moral, nem uma missão clara. E ainda foi agredida sexualmente; passou por lavagem cerebral e uma gravidez infeliz. Para piorar, ela era apenas uma personagem com os mesmos poderes de outro personagem. Por isso, a Sra. Marvel ganhou um novo uniforme preto, perdeu seus poderes e memórias, enquanto Monica Rambeau – capaz de se transformar em qualquer forma de radiação eletromagnética – assumiu o nome de Capitã Marvel por um tempo. Depois ela mudou para Photon, depois para Pulsar e Spectrum.
Enquanto isso, Carol foi lutar contra alienígenas com os X-Men e adquiriu os poderes de um “buraco branco”. Agora ela podia disparar energia, gravidade e voar no espaço. Carol ganhou um nome sem conotação de gênero: Binary. Depois, ela perdeu esses poderes, readquiriu os da Sra. Marvel e recuperou os poderes da Binary. Então, em meados dos anos 2000, a Marvel (a editora) resolver dar atenção à Marvel (a senhora).

Eles perceberam que, embora tivessem muitas heroínas e vilãs, não tinham uma tão poderosa quanto Mulher-Maravilha ou Super-Homem. O forte apelo da Mulher Maravilha, o sucesso do filme da DC e os quadrinhos, que refletiam a diversidade no mundo real, ajudaram na decisão. Todas essas forças se voltaram para a construção da versão de Carol Danvers do Capitão Marvel em uma heroína no nível do Super-Homem, em termos de poder e simbologia.

Nos quadrinhos, ela se tornou uma importante figura para o outro poderosão da empresa, o Homem de Ferro. E a sequência de pós-créditos de Guerra Infinita, sugere que a Capitã Marvel vai chegar quebrando tudo. E o Thanos que se cuide.

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