Ser o centro das atenções na CCXP não é uma tarefa fácil: é preciso aceitar uma “guerra” contra cosplayers, influencers, atrações, colecionáveis e os próprios amigos que nos acompanham nesta epopéia. Apesar das tantas opções, por volta das 16h, todos os olhos se voltaram para o octógono envidraçado do Omelete, posicionado numa área central da São Paulo Expo.
Todos ali aguardavam ansiosamente a aparição e entrevista ao vivo concedida por Brie Larson, que dá vida à Capitã Marvel, e o Soldado Invernal, Sebastian Stan, nesta ordem.
Brie chegou mais tímida, sob uma chuva de aplausos. A caminhada entre o camarote e o estúdio 360º foi percorrida como num desfile, e a americana se mostrava levemente tímida diante da multidão.
Devidamente posicionada diante das câmeras e dos olhares fixos dos fãs, Brie comentou sua rápida visita ao Masp ontem, quando desembarcou em São Paulo. Disse que ficou impressionada com a arquitetura do nosso museu, e que foi positivamente surpreendida pela exposição.
Num clima descontraído, a heroína confessou que não resistiu às nossas delícias, e não poupou elogios ao pão de queijo e às caipirinhas — “elas eram fortes e funcionaram muito bem”, disse aos risos.
Já numa fala mais série, Brie relembrou o quanto lutou para manter seu corpo fora “das conversas”, como se quisesse escondê-lo, a fim de deixar apenas o seu talento para a dramaturgia guiar sua carreira. No papel de Capitã Marvel, a americana falou que teve a chance de usá-lo como instrumento, e de um jeito que sequer havia imaginado.
Protagonizando a maior parte das sequências de ação, dispensando stunts, Brie pontuou que as coreografias de luta se tornam quase como uma dança, uma vez que ninguém se machuca — obviamente.
Depois de tascar um beijão na parede de vidro onde escreveu seu nome, a loira deu espaço ao sorridente Sebastian Stan, que chegou correndo ao palco.
Antes de entrar no octógono, porém, contornou a saleta para cumprimentar com os braços abertos a platéia eufórica — e o delírio do público fez o “esforço” do astro valer a pena.
Duas moças mais próximas à grade diziam: “isso sim é um ator de verdade”, numa leve queixa à postura de Brie, que entrou e saiu sem dar muita atenção às centenas de pessoas que aguardavam pacientemente a aparição dos astros.
Com o microfone em mãos, o Soldado Invernal mais uma vez destacou o calor da receptividade brasileira e, como Brie, disse que aquele era o ponto alto da vista à CCXP.
Sobre o seu trabalho, Sebastian afirmou estar tão à vontade na pele do herói que, por vezes, quando em cena com Chris Evans (o Capitão América), eles se perguntavam se estavam mesmo interpretando ou se “esqueceram” dos personagens e estavam apenas sendo.
Os 10 anos da Marvel Studios não ficou de fora da conversa, assim como a morte de Stan Lee. “É muito triste não tê-lo conosco, mas é gratificante ver a evolução das histórias e personagens que ele criou”, ponderou o galã.
Antes de deixar o palco de vez, Sebastian “quebrou o protocolo” e desceu no corredor de acesso ao público, atendendo a pedido de fotos e autógrafos.
O Soldado Invernal, quem diria, tem um coração quente — e incendiou ainda mais o sábado na CCXP 2018.