Idade: irrelevante — CCXP e a ode aos festivais intergeracionais

“Acredito mesmo que, se perguntarem a idade que o pessoal aqui tem e a idade que eles sentem que têm, a resposta seria bem diferente”, com essa única frase, o executivo Ricardo Sdei, de 47 anos, resumiu bem o espírito da CCXP 2018.

Acompanhado do filho Leonardo, de 6 anos, e do sobrinho Luigi, de 11, o grupo intergeracional de Ricardo era apenas mais um da multidão: crianças, adolescentes e adultos de todas as idades ocupavam os 115 mil metros quadrados da São Paulo Expo, se revezando nas atrações e curtindo, cada qual à sua maneira, tudo o que a maior feira pop do mundo tem a oferecer.

No caso da turma do executivo em questão, que contava ainda com o apoio amigo do advogado Marcel Ferraz Camilo, a visita à CCXP aconteceu para realizar um sonho antigo de Luigi, que há quatro anos desejava viver essa experiência. Fã de Stranger Things, Homem-Aranha e The Flash, o garoto de 11 anos pareceu entender rapidamente a logística do evento, diferente do primo mais novo, que não escondia sua frustração diante das longas filas.

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Da esquerda para a direita: Marcel Ferraz Camilo, Luigi, Ricardo e Leonardo Sdei

“O Leonardo ainda está aprendendo a interagir em ambientes assim; ele ainda se mostra bastante impaciente diante da longa espera. Ele curte bastante esse universo, mas talvez seja um pouco novo demais para vivenciar algo parecido”, avalia o pai, Ricardo, enquanto criava coragem ao lado de sua trupe para encarar a fila para conferir as atrações de Harry Potter.

Entre goles de água e mordiscadas em snacks, o grupo era surpreendido pelos pedidos de Leonardo para que se fossem logo viver outras atividades, quase contrariando o discurso do pai, que não perdeu tempo em rebater, em tom de brincadeira — “para quem estava cansado e reclamando até há pouco, você me parece bastante empolgado!”.

Talvez a animação fosse também reflexo de algumas mudanças domésticas: depois de anos de exclusividade aos serviços da Netflix, a família Sdei se rendeu ao encantos da Amazon Prime, e o clã passou a contar com mais opções de entretenimento — e mais atrações para conhecer ao vivo na CCXP.

Já pensando nas edições futuras do evento, Ricardo torce para ver games e esportes ganhando espaço por entre os corredores: “São coisas pop também, e tangível a todas as idades, como é a proposta do festival”.

De fato, apesar de um documento com foto ser exigido na entrada da CCXP por uma questão de segurança, nada mais era necessário na parte interna, onde todos eram livres para ser, viver e vestir o que quiser e como quiser, sem o menor preconceito.

E essa possibilidade, de rever velhos ídolos e cativar novos, é o que faz da idade um acessório dispensável no festival, onde famílias inteiras podem curtir as mesmas coisas, mas por razões diferentes — ou não.

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