A apropriação de causa sem limites

“Brumadinho clama! A dor também é nossa. Juntos vamos até o fim”. Essa é a campanha veiculada pela marca de cosméticos Jendayi, com modelos totalmente cobertos de lama. 

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Eu gostaria de dar o benefício da dúvida e pensar que se trata apenas de uma iniciativa sem-noção, mas é difícil imaginar que ninguém desse processo (agência, cliente, fotógrafo, modelos…) tenha parado um instante para indagar “gente, será que não é meio inapropriado? Desrespeitoso?”

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Alguém certamente levantou essa bola. E algum outro alguém, falou “não, é o contrário, vamos nessa”. 

Não, não é o contrário. É uma das coisas mais absurdas que vi em termos de apropriação (e olha que não faltam exemplos hoje em dia). 

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Tem até declaração do “executivo de marketing”: “O objetivo desta campanha é mostrar que existe uma marca de cosméticos que se preocupa com a beleza… a beleza da vida. Nossos cosméticos embelezam os cabelos, mas nossas atitudes podem deixar um sorriso, um olhar, uma família, um sonho… mais iluminado e bonito. Nossa empresa está nesta luta”, – falou Jorge Beirigo, que também é… o fotógrafo da campanha (?!!). 

Putz, só piora.

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