As cores dos Oceanos vão mudar por causa do aquecimento global

A resposta para essa questão não é animadora. De acordo com um estudo publicado pelo Nature Communications, periódico especializado, metade dos oceanos da Terra mudarão completamente de cor até o ano de 2100 – isso por causa das alterações climáticas e demais efeitos do aquecimento global. A análise foi liderada por Stephanie Dutkiewicz, cientista e ecologista marina do MIT.

OCEANOS 1

De forma bem prática, o que a cientista diz é que os oceanos que hoje aparentam ter cor azul claro, ficarão cada vez mais escuros. Já aqueles que são verdes – e normalmente chamam atenção por suas belezas naturais – devem assumir tons mais fortes. A previsão é de que isso aconteça em 50% dos oceanos até o final do século XXI, ainda de acordo com a ecologista.

As tais mudanças de cor são causadas por conta dos fitoplânctons marinhos, aqueles organismos microscópicos que vivem nas primeiras camadas do oceano. Essa espécie usa o pigmento clorofila para transformar radiação solar – eles só habitam as camadas do mar iluminadas pelo sol – em energia. Esse processo libera uma “tintura biológica” no ambiente e tinge a superfície. O que as mudanças climáticas vão fazer é alterar as comunidades de fitoplânctons de lugar e interferir em seu ecossistema, alterando a cadeia alimentar da qual eles fazem parte.

FITOPLÂNCTON

Além das mudanças de comunidades, é importante falar ainda da destruição da espécie. De 1950 pra cá, mais de 40% da população de fitoplânctons foi destruída por conta do aumento da temperatura do oceano. Visto que eles são essenciais para o sistema de suporte da vida na Terra, a previsão é alarmante, já que tudo indica que eles continuarão desaparecendo dos mares. O fitoplâncton é a base de alimento da cadeia marinha, e esta pode entrar em colapso total se eles desaparecerem por completo – isso significa que, além dos animais marinhos sofrerem de fome, os humanos que dependem dessas espécies como alimento também serão afetados. Isso sem falar que o ar pode ficar menos “respirável”, já que sem os oceanos “funcionando bem”, ele perde oxigênio e ganha cada vez mais dióxido de carbono, o que é totalmente prejudicial para os humanos, os animais, as florestas e por aí vai.

O que os cientistas seguirão fazendo é analisar as constantes mudanças de cor de oceano por meio de imagens de satélites, acompanhando essa evolução para, assim, obter estimativas claras da população de fitoplâncton ao redor do mundo, além de informações sobre suas condições de saúde. 

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