SXSW: depois de Kimberly Bryant, nada será como antes

O país que luta por um muro, abriga ainda quem opte por construir pontes. Kimberly Bryant faz parte deste grupo; dos que querem transpor tantas desigualdades para chegar a um lugar mais igualitário.


Sem um grama de concreto sequer, a engenheira especializada em biotecnologia criou a Black Girls CODE para hackear o sistema de dentro pra fora: graças à sua iniciativa sem fins lucrativos, ela tem mudado o perfil da indústria de desenvolvimento e programação, incluindo ali negras de 7 a 17 anos.

Seus esforços têm mudado vidas, a começar pela sua: eleita uma das mais influentes mulheres negras dos EUA, Kimberly ganhou, em 2013, o reconhecimento da Casa Branca – um ano após criar sua ONG.

Com a meta de ajudar um milhão de jovens até 2040, Kimberly encontrou uma forma efetiva de mudar a narrativa de sua própria história. Ela cresceu se sentindo isolada, sendo sempre “a única” mulher negra na faculdade que frequentava.

“Existe uma lacuna de mulheres afrodescentes em campos da ciência, da tecnologia, engenharia e da matemática. E essa ausência não pode ser explicada, por exemplo, pela falta de interesse nessas áreas. A falta de acesso e de modelos são as prováveis causas desse cenário”, explicou Kimberly à revista Elle.

Ainda que sua vida não tenha sido nenhum clichê, a engenheira e empresária vive, hoje, sob o lema de um: “siga sua paixão” – se tivesse seguido essa filosofia desde o princípio, teria cursado direito, confessa, porque, como ela mesma diz, “é um daqueles seres humanos esquisitos que acha o máximo estar numa corte”.

Todos os desafios e conquistas que trouxeram Kimberly Bryant até aqui chancelam também seu caminho até um dos palcos principais do SXSW, onde a americana vai falar sobre sua crença de que estamos entrando numa era de lideranças femininas, e que é preciso lutar pela igualdade neste cenário também.

Apesar de não ostentar o diploma de advogada, Kimberly tem um dom natural para argumentação, e sua apresentação, ao que tudo indica, será imperdível. Caso encerrado.

Receba nossos posts GRÁTIS!
Deixe um comentário

This website uses cookies to improve your experience. We'll assume you're ok with this, but you can opt-out if you wish. Accept Read More