A farsa por trás dos escritórios “super coloridos” e “super legais”

Mesa de ping-pong, bar, sala de relaxamento, open de vídeo game e cores para matar de inveja o arco-íris – os escritórios na era dos millennials vendem a felicidade na base da estética: fica bom e bonito no Instagram.

Embora o ambiente possa ter, de fato, algum impacto na produtividade dos funcionários, ele é um dos itens menos citados em pesquisas de satisfação. Itens como reconhecimento e cultura empresarial dizem muito mais ao coração dos entrevistados.

De acordo com uma pesquisa conduzida pela Society for Human Resource Management, 70% da força de trabalho americana está desmotivada, e mudar esse cenário não seria lá muito absurdo. Para 74% dos participantes, por exemplo, o simples fato de ter a tela do computador exposta aos colegas aumenta a sensação de ansiedade – um problema que é fácil e barato de se resolver, mas não deve angariar muitos likes no Instagram.

Remuneração, respeito e confiança são outros fatores-chave para fazer a alegria de uma equipe, o que não é nenhuma novidade, mas um dos itens que mais colabora para a retenção de talento tem a ver com a qualidade dos vínculos afetivos dentro do trabalho.  

Ao mesmo tempo que ter amigos no trabalho é um ponto super positivo, ambientes que promovem esse tipo de ligação de forma artificial tendem a não conseguir seu objetivo. Em outras palavras, trancar pessoas em salas com jogos e boa decoração não resulta em relações espontâneas. Ao invés disso, os especialistas aconselham as empresas a promover trabalhos em grupo e, de preferência, em ambientes abertos.

Então em vez de investir em redes, brincadeiras e puffs, grandes corporações devem se preocupar com o humano que habita o espaço, não apenas com o espaço em si.

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