Depois de visitarem a Venice Biennale no início deste verão, dois colecionadores de arte resolveram fazer uma turnê européia. Aruna, uma estrela de Bollywood apaixonada pela arte contemporânea, foi a Londres para uma venda em uma das principais casas de leilão. Danny, um magnata da tecnologia dos EUA, foi para Hong Kong, onde esperava adquirir uma peça de grafite premiada. Aruna acabou em uma batalha legal por causa de uma obra e Danny descobriu que uma peça que ele havia emprestado para uma exposição havia sido vandalizada e considerada uma perda total.
A história poderia ser curiosamente real, mas Aruna e Danny são dois dos seis personagens do novo jogo de tabuleiro Going, Going, Gone!. Lançado esta semana pela Laurence King Publishing, o jogo transforma o circuito do mercado de arte em um concurso para adquirir a coleção de arte mais valiosa.
Em suas jornadas de colecionadores, os jogadores podem intermediar as vendas privadas, assistir a uma rodada enquanto relaxam em suas ilhas particulares e, se tiverem dificuldades, conseguir empréstimos para museus. Os criadores do jogo, junto com Dinwiddie (ex-repórter do mercado de arte), conseguiram incorporar muitas ações plausíveis do mercado de arte sem criar uma experiência excessivamente rígida ou didática.
Claro, certas características do jogo são menos realistas – como museus que concedem a colecionadores sem dinheiro e com dezenas de milhões de dólares em empréstimos -, mas outras são verdades e atuais do mercado de arte. Jogadores que acumulam mais de duas obras em um determinado gênero de coleção (como Renascimento, Impressionismo, Pop e Contemporâneo) veem o aumento do valor dessas obras. Esse recurso do jogo não apenas incentiva os jogadores a competir por obras em um determinado gênero, mas também se alinha às tendências do mundo real, onde os colecionadores tendem a se concentrar e a se tornar conhecido por armazenar tipos específicos de trabalho.
Ao usar dispositivos que imitam o mercado real, o jogo adiciona complexidade e dinamismo a uma fórmula pioneira décadas atrás pela Masterpiece, um jogo desenvolvido pela Parker Brothers e lançado pela primeira vez em 1970. Dinwiddie disse que, no início, ninguém da equipe que desenvolvia Going, Going, Gone!, tinha jogado Masterpiece. “Então alguém comprou o jogo e demos uma olhada nele, depois o guardamos e nunca mais voltamos a vê-lo“, disse ele. O novo jogo era sobre como criar uma experiência que refletisse o mercado de arte hoje, mantendo-se acessível a um público em geral.
O jogo parece complicado, mas tem explicações simples e pode ser uma distração divertida para quem estiver já estiver cansado de comprar ruas, casas e hotéis no Monopoly.
Caso tiver interesse, você pode compra-lo por aqui: https://www.laurenceking.com/us/product/going-going-gone/
Dica: Para receber no BR, você pode usar o CompraFora, dos Correios, ou comprar direto na Amazon US, com seu endereço próprio no Brasil, e cartão internacional.
Boas compras! E lembre-se, mesmo se perder o jogo, no final do jogo, você ainda estará – ao menos na brincadeira – bilionário.
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