Quanto mais a gente lê e pesquisa sobre as atrações do SXSW, é inevitável constatar que o festival é mesmo uma loucura. Uma verdadeira sopa de referências que dá uma ideia das principais tendências do que está rolando e do que está por vir. É muito assunto, é muita gente interessante, é muita descoberta.
Discutir o futuro da humanidade em diversos âmbitos é sempre empolgante e a ótica feminina então, é sempre mais do que bem-vinda! Selecionei 5 painéis com mulheres que dedicam suas vidas a inspirar um mundo melhor – seja na música, no cinema ou na filantropia:
Janelle Monae (convergence keynote)
Indicada 8 vezes ao Grammy, cantora, compositora, produtora, dançarina, ativista e ícone fashion. Plural que só ela, Janelle Monae lançou um dos mais aclamados discos de 2019 e, em abril, lançará seu próximo longa-metragem (Antebellum), além da segunda temporada de Homecoming (Amazon). Sem falar que ela acabou de fazer uma baita apresentação no Oscar 2020, que foi, na minha opinião, a melhor performance da noite.
Como ativista humanitária, sua posição como co-presidente da When We All Vote e sua iniciativa Fem the Future, inspira e capacita não apenas cineastas e criativas, mas a sociedade como um todo.
Kim Gordon in conversation with Rachel Kushner (music keynote)
Com quase 40 anos de carreira, a curiosidade artística de Kim Gordon continua sendo a força orientadora por trás de sua música. A lendária baixista, guitarrista e cantora da banda Sonic Youth, é um verdadeiro ícone da cena alternativa. Gordon acabou de lançar No Home Record, seu álbum solo mais comercial até então. Ela também estreou recentemente sua exposição solo “She Bites Her Tender Mind” no IMMA (Museu Irlandês de Arte Moderna) em Dublin e “Lo-Fi Glamour” no Warhol Museum em Pittsburgh, PA.
Neste keynote ela conversa com Rachel Kushner, que é autora e acabou de lançar The Mars Room, que ela descreve como “uma novela convencional”. Entre música e literatura, elas apresentam perspectivas sobre vida, carreira e arte.
Lulu Wang (film keynote)
Com a rara capacidade de cativar o público com uma narrativa leve e sincera, Lulu Wang continua se estabelecendo como uma roteirista e diretora em ascensão. Seu segundo longa, The Farewell, foi uma das obras mais injustiçadas na premiação do Oscar neste ano, apesar de abocanhar grandes prêmios como o de melhor filme no Independent Film Spirit Awards de 2020, além do prêmio do público no Festival de Sundance e o de melhor Filme Estrangeiro no Globo de Ouro.
Wang atuará como produtora executiva e roteirista na próxima série original da Amazon, The Expatriates, e foi já cotada para dirigir longas da Marvel.
Laurene Powell Jobs (convergence keynote)
Como o Wagner Brenner já contou neste post sobre Laurene, ela é 6ª mulher mais rica e uma das filantropas mais importantes do mundo. A viúva de Steve Jobs tem um de seus principais projetos a Emerson Collective, que usa filantropia, investimento de impacto e a promoção de soluções políticas para repensar alguns dos sistemas mais calcificados da sociedade e criar novas possibilidades para indivíduos, famílias e comunidades.
A missão de Emerson se concentra no avanço das políticas de imigração, na preservação do meio ambiente, na reformulação do futuro do ensino médio e no fim da violência armada em Chicago.
Erin Lee Carr (film keynote)
Diretora, produtora e roteirista, também é uma das “30 Under 30” da lista das personalidades mais influentes da mídia segundo a Forbes. Uma das diretoras da nova geração da HBO, ela foi descrita pela revista Variety como “uma jovem documentarista de conquistas incomuns” e é conhecida por filmes imperdíveis que mergulham na interseção entre zeitgeist, mídia, feminilidade e sociedade.
Não vai pro SXSW 2020? Então fica de olho que o festival oferece a transmissão ao vivo de boa parte de sua programação de palestras, painéis, workshops e premieres. E também dá pra assistir a cobertura do Update or Die.
Para assistir as lives, é só acessar aqui. A programação completa do que será transmitido você confere aqui (a programação ainda será divulgada), lembrando do fuso-horário de 3 horas a menos que o horário de Brasília.
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