Projeto foi criado junto com organização Repórteres Sem Fronteiras
Considerado um dos maiores jogos online do mundo, o Minecraft está disponibilizando um espaço digital oculto para ajudar a organização Reporters Without Borders a superar a censura da imprensa.
Trata-se da Uncensored Library, uma biblioteca sem censura e interativa, criada para que conteúdos provenientes do México, Egito, Arábia Saudita, Vietnã e Rússia, que apesar de terem sido banidos e excluídos, e em alguns casos acabaram culminando na prisão, exílio e até morte dos seus autores, tenham um lugar para ganhar visibilidade novamente.
O jogo foi escolhido, porque nos países onde sites, blogs e imprensa livre em geral são estritamente limitados, o Minecraft é acessível a todos. Os artigos republicados estão em um backdoor do jogo, ocultos das tecnologias de vigilância dos governos. Atualmente são cerca de 100 páginas que podem ser acessadas livremente e enquanto outros jogadores acessam, eles não podem alterar seu conteúdo. Além disso, a biblioteca está crescendo, com novos artigos sendo adicionados a cada semana.
Entre os jornalistas em destaque está Jamal Khashoggi, jornalista da Arábia Saudita que foi morto em resposta ao seu trabalho. Sua noiva Hatice Cengiz, jornalista, está entre os apoiadores deste projeto. Com sua experiência pessoal com a gravidade da censura da imprensa, ela sabe que é preciso defender a liberdade de imprensa todos os dias.
O Minecraft tem cerca de 145 milhões de jogadores ativos todos os meses. A biblioteca sem censura é composta por 12,5 milhões de ‘blocos’ e contou com 18 profissionais de 12 países diferentes, trabalhando mais de 250 horas para projetar e criar o espaço digital. O projeto foi desenvolvido pela MediaMonks e DDB Berlim, que já haviam atuado em conjunto com a ONG em 2018 para construir a Uncensored Playlist, destinada a mesma causa, porém com arquivos de áudio que podem ser escutados via streaming.
Além disso, a produção de imagens do filme é do Le Tour du Monde, com trilha sonora da DaHouse Audio.
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