Dá pra acreditar nas pessoas?

Estamos quase todos em casa. Esse é literalmente o dia em que a Terra parou. Todos estamos sensíveis ao toque, de álcool gel a tiracolo, com os olhos voltados para as telas luminosas de nossos dispositivos eletrônicos, nos desviando das famosas fake news, compartilhando a companhia de ninguém, às vezes, ou de muitos, quem sabe, à espera de um milagre.

As certezas, que eram poucas, se desfazem bem diante de nós. O rico está desesperado, tanto quanto o pobre. Mas, o desprovido de recursos financeiros, ainda assim, a despeito da tragédia, é aquele que, inocentemente, ri da situação.

O inimigo de todos não é o tal vírus. É o suspense que ele causa. Todos queremos ouvir da boca do William Bonner ou de nosso digital influencer preferido que está tudo resolvido, e que podemos todos voltar à normalidade.

Não, isso não vai acontecer. Não agora, assim tão depressa.

O brasileiro, inquieto que é, aquele que não desiste nunca, está ansioso e inseguro, olhando pela janela de casa, se isso for possível, ou pela janela do coletivo, já que precisou ir trabalhar, pensando em um futuro que ninguém consegue desenhar na própria mente, mesmo que haja tantas possibilidades. A nossa criatividade foi colocada no púlpito, e todo o planeta aguarda seu pronunciamento.

Nunca se exigiu tanto dessa capacidade humana como hoje, nesse exato momento.

Não apenas de cientistas que devem resolver a questão sobre uma possível vacina. Mas, de uma multidão que vai pagar caro por um possível colapso no sistema financeiro mundial. Nunca fomos tão pressionados como estamos sendo agora. Não é um fato isolado. É uma realidade que afetou todos os cantos desse mundinho que fica cada vez menor. Um vírus minúsculo viajou da China ao ocidente, deixando um rastro de mortos, muito mais rápido que Marco Polo, em seus tempos de exploração do oriente. E olha que ele nem perdeu tempo contaminando ninguém. Eu acho….

Estamos todos presos dentro de casa. Nossas mentes e corações parecem panelas de pressão, prestes a dar o seu recado, quando se colocam coisas estranhas para cozinhar nelas.

Precisamos criar soluções. E vamos, mas nem todos. Mais uma vez, poucos terão a visão certa, e vão acreditar naquilo que seus olhos veem, como em um ato de fé. Não aquela de quem crê cegamente, esperando em um deus ex-maquina. Mas, serão homens e mulheres que vão encarar o desafio com coragem, percebendo detalhes no caos. Brechas para colocar abaixo o medo que os deixava inabilitados no início, mas que agora os move para frente. Esse é o espírito, essa é a profecia que ninguém ainda entregou.

O ser humano sobrevive porque ele é o único ser vivo nessa Terra que acredita que pode ir além de seus limites.

Quer ver um milagre? Coloque 8 bilhões de pessoas em clausura, e veja o resultado… Difícil prever, mas é fácil entender que algo grandioso pode acontecer… eu acredito!

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