Uma sociedade baseada em Datacracia, administrada por algoritmos que, por meio de tecnologias de crowdsourcing e sistemas de reconhecimento biométrico, quantificam os melhores resultados para a sociedade em geral. Sistemas de entrega subterrâneos. Hyperloop. Uma estrada só para drones. Parece ficção? Pois é, pode não ser. E estar mais perto do que você imagina.
Vale a pena conhecer a recém-lançada plataforma Envisioning Cities, um projeto de âmbito mundial que identifica e mapeia as tecnologias que podem impactar o futuro das cidades, estuda o seu nível de prontidão (technology readiness level), oferece referência de empresas que estão utilizando estas tecnologias no mundo todo e permite dar um parâmetro do quanto cada cidade ou cada organização está pronta para estas tecnologias. O mais bacana: faz isso de um jeito amigável, usando visualização de dados (data visualization), com um cutting edge design (UI e UX) e permitindo diferentes leituras. Além disso, cria cenários como esse que citado acima, o da Datacracia, discutindo seu impacto e algumas de suas implicações práticas dentro de uma narrativa envolvente.
A ferramenta tem uso gratuito e foi pensada para apoiar o trabalho de prefeituras, governos, empresas de infra-estrutura, serviços, mobilidade, saúde, habitação, bens de consumo, varejo, entre outros. Já lançou 5 domínios (mobilidade, logística, governança, engajamento cívico e segurança) e dois cenários (datacracia e ‘fluxo orquestrado: estratégias de logística global‘). E deve lançar novos nos próximos meses como os já anunciados domínios de saúde, habitação, energia e água). As dezenas de tecnologias mapeadas são apresentadas no detalhe e relacionadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU). Vale a pena conhecer um pouco mais do projeto aqui e no vídeo abaixo:
Envisioning Cities conta ainda com um vídeo super detalhado apresentando o projeto e mostrando como navegar por ele. Existem jogos de cartas, posters, workshops e alguns outros recursos adicionais pagos que ajudam as empresas, governos e organizações a usar estes conteúdo em projetos de inovação, ideação ou para a tomada de decisão. Mas o conteúdo mesmo está lá aberto para quem quiser se inspirar. Uma ferramenta e tanto para estudantes, desenvolvedores, entusiastas de tecnologia, curiosos e até mesmo escritores de ficção científica.
Eu sou fã deste projeto e tive a felicidade de poder colaborar com ele nos últimos meses junto com futurologistas, sociólogos, tecnólogos, pesquisadores, designers e programadores espalhados em cidades como Berlim, Barcelona, Milão, Nuremberg, Filadélfia, São Paulo e Porto Alegre. Acredito que a construção de futuros desejáveis depende também de cada um de nós e convido-os a conhecer e a pensar juntos como construir esse futuro para viver e trabalhar nas cidades que desejamos habitar. Se inscrevendo na plataforma você recebe newsletters sobre os temas e pode ser notificado das atualizações, novos domínios e cenários.