Einstein, o bom fisicista que conhecemos, teria nascido em 1983. Hoje com 37 anos de idade, já despontava como um talento na academia.
De vez em quando, entre uma fórmula e outra, ele entra no Instagram, dá uma olhada nos comentários, faz uma selfie em sua estação de trabalho e publica nos Stories.
“Vão dizer que foi sorte”.
Aí acaba se perdendo no feed. Rola pra baixo até não poder mais e acaba comprando um curso online de “Como Ter Ideias Infinitas”. Também baixa um calendário de postagens do estilo “Poste Todo Dia”.
Encantado com a ideia do “Infinito”, decide se comprometer com seu público, porque é isso que gera engajamento.
A cada fórmula um post. Enquete. Sim ou Não. Você Sabia? Faça uma pergunta. Tira selfie para humanizar. Responde perguntas que começam com a física, mas terminam sobre qualquer outra coisa: casamento, traição, política, religião, Magazine Luíza e Amazon.
Com 6 meses nessa constância consegue likes, comentários, compartilhamentos, salvamentos. Seus posts, vira e mexe, aparecem na “descoberta”. Já alcançou mais de 150K seguidores. Posta todo dia. Divide sua agenda entre criar conteúdo, postar conteúdo.
Criar conteúdo
Postar conteúdo.
Criar conteúdo
Postar conteúdo.
Criar conteúdo
Postar conteúdo.
Quando ele percebe – numa dessas navegadas em canais do nicho – um outro fisicista publica a matéria num artigo: “E=mc². A Teoria da Relatividade e Suas Repercussões”.
Nosso Einstein – influencer digital pós moderno – fica todo animado com o achado, porque vai poder publicar, em primeira mão, um carrossel exclusivo com a incrível descoberta de um outro fisicista.
Mal consegue conter sua alegria, afinal este post gerou mais likes, compartilhamentos, comentários e salvamentos que nenhum outro.
Numa só postagem abocanhou mais de 8k seguidores.
Decide sair pra celebrar.
Chama a galera para um local chique e instagramável.
Tiram fotos, fazem a festa.
Não estão errados em comemorar.
Afinal, nosso Einsten aqui, é um prodígio no mundo digital.
E, de quebra, o Reels do jantar já está garantido.
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