Mundaun: uma experiência de horror lúdico

Opa! Recomendação forte aqui para quem curte um game indie de horror. Mudaun é uma jornada por um território suíço cercado de lendas, mistérios e folclore. O game é todo narrado/falado no idioma romansh (uma linguagem do interior dos alpes) o que aumenta ainda mais a sensação de estranheza que a narrativa trabalha.

https://youtu.be/kCQNrOpyNcI

O trama envolve a personagem que você comanda: Curdin; um jovem que segue para investigar as estranhas condições que cercaram a morte do avô no incêndio em um celeiro. Ao chegar na propriedade – chamada Mundaun – que é uma espécie de vilarejo, Curdin já se depara com uma atmosfera sobrenatural cercada e sofre uma espécie de alucinação com uma figura que, aparentemente, pode ser o diabo. Daí pra frente, o jogo vai entrando em um tornado de loucura e situações surreais que culminam em mecânicas de resolução de puzzles, exploração e combates com seres fantasmagóricos. 

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Eu achei o game excelente. Me envolvi demais com a história e fiquei até triste quando terminei. No entanto, mais legal do que o próprio jogo é a história por trás de sua criação. O título é praticamente 100% produzido por uma só pessoa: Michel Ziegler, um sujeito que fez o game design, roteirizou toda a trama, programou e ilustrou tudo. Inclusive, no mini-documentário a seguir, ele mostra um pouco do processo criativo e todos os cadernos que usou para fazer, com giz de cera e lápis, todas as texturas e concepts da jornada:

A trilha sonora é um dark ambience de respeito que te ajuda a entrar na atmosfera do jogo de uma maneira única. As personagens que vão aparecendo a cada obstáculo vencido, como o padre Jeremias, a garota Flurina, os homens de palha e os apicultores dão um toque macabro que poucos games de horror conseguem colocar em prática.

Esse game surgiu no meu caminho por completo acaso. Um dia entrei na loja do Nintendo Switch e ele estava lá entre os lançamentos, mas também está disponível para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X e na Steam. No entanto, a maior coincidência foi a seguinte: na semana que eu baixei Mundaun, tinha começado a ler o livro “A aranha negra” do escritor suíço Jeremias Gotthelf; obra de horror de 1842. Ao assistir o documentário acima, descubro que o livro foi uma forte influência para Michael Ziegler criar a narrativa do jogo.

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Eu li algumas críticas negativas em relação ao jogo: que a movimentação da personagem não é fluída, que os puzzles não são intuitivos e que o cenário é fácil de se perder. Honestamente, nada disso afetou minha experiência. Recomendo! 

#GoGamers

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