Tendências que não podem ficar de fora da estratégia das marcas em 2022

Entre as palavras do ano de 2021, reveladas pelo Collins Dictionary, por exemplo, estavam NFTs, Metaverso e Crypto

Começo de ano é época de se falar em tendências e fazer previsões do que vai rolar nos próximos meses. Sem apelar aos astros e à magia, já dá pra saber muito do que vai continuar na boca do povo, com base no que aconteceu nos últimos meses. 

Entre as palavras do ano de 2021, reveladas pelo Collins Dictionary, por exemplo, estavam NFTs, Metaverso e Crypto. Os três assuntos, que chegaram a ser motivo de polêmica entre os entusiastas e os que consideram tudo isso uma grande besteira passageira, ainda prometem dar muito o que falar. 

Apesar dos hypes do momento dominarem as conversas e serem temas pra se ficar de olho, alguns assuntos que já são nossos conhecidos há mais tempo continuam quentes e merecendo cada vez mais atenção. Se eu fosse você, olharia com carinho para cada um deles esse ano:

Creators e Influencers

Porque prestar atenção: Não tem mais como fugir e ou menosprezar. Os criadores de conteúdo se mostram cada vez mais capazes de gerar negócios para eles mesmos e para as marcas. Quem ainda subestima as “blogueirinhas” está dormindo no ponto. Segundo o Influencer Market Hub, o mercado mundial de creators é de US$104 bi e pesquisas apontam um retorno de 6 dólares a cada 1 dólar investido em influenciadores. 

Superpoder: O poder dos influenciadores está na criação de uma audiência fiel, que realmente leva em conta suas sugestões e opiniões, por meio de uma relação baseada em confiança, admiração e inspiração. Conteúdo autêntico e original, gera engajamento e potencializa os resultados.

Como fazer: Não é só porque um criador de conteúdo tem milhões de seguidores que ele será bom para sua marca. Ao escolher com quem trabalhar para criar campanhas de influência, é importante entender quem é seu público, o tipo de conteúdo criado e o engajamento que o conteúdo gera. Se tudo estiver alinhado com a marca, vale a pena seguir. Deixe o escolhido usar seu superpoder para criar conteúdo autêntico, criativo e que faça sentido para seu público. Co-criação é a palavra de ordem.

O que aprender: A economia dos criadores se baseia em dois pilares principais: conteúdo e comunidade. Empresas podem, e devem, trazer isso para suas estratégias. Conteúdo, independente do canal, precisa ter frequência e consistência, além de ser relevante e útil para o público, e não apenas auto-referente. Não adianta querer fazer propaganda disfarçada de post. Fale sobre o que interessa para seu público e deixe que ele fale sobre você. Esse é o primeiro passo para se construir uma comunidade forte e engajada em torno da marca.

Palavras-chave: engajamento, relevância, autenticidade

Conteúdo Proprietário

Porque prestar atenção: Cada vez mais marcas estão entendendo a importância de investir em conteúdo relevante, não apenas em seus perfis em redes sociais, mas também em canais proprietários. Empresas tornam-se publishers, seja criando canais do zero, seja adquirindo portais já existentes, a exemplo do BTG Pactual que passou a ser dono da Exame, e do Magazine Luiza, que levou para dentro do grupo sites como CanalTech e Steal The Look. 

Oferecer produtos de qualidade e atendimento excelente é o mínimo que se espera de qualquer empresa hoje em dia. Para se destacar dos concorrentes e se manter na mente do público é preciso ir além. Pessoas querem se informar (para evitar a dor) e se divertir (para obter prazer). Uma marca que supre essas necessidades, estará sempre um passo à frente. 

Sim, já temos uma enxurrada de informações competindo por nossa atenção em todos os momentos do dia. Por isso, é importante recorrer ao superpoder dos influenciadores aqui também, criando com autenticidade e originalidade para se diferenciar.

Superpoder: Oferecer conteúdo proprietário relevante é o caminho para marcas que querem se posicionar como referência em um segmento, aumentando a confiança, fortalecendo sua comunidade e gerando admiração e desejo. Ao comprar um produto, as pessoas querem não apenas o produto em si, mas sim a solução para um problema. Quando a marca já está constantemente presente na vida de seu público, ajudando-o todos os dias por meio de conteúdo relevante, passa a ser mais lembrada nos momentos de decisão de compra. 

Como fazer: Aposte em canais proprietários, que sejam ativos digitais e ganhem valor ao longo do tempo. Um portal de notícias atualizado com frequência ganha relevância ao longo do tempo e é capaz de gerar tráfego orgânico sempre. 

Conteúdo em texto é mais simples de se produzir, porém, sempre que possível, é importante diversificar formatos. Vídeos são, hoje, um dos melhores formatos para se gerar engajamento. Além do YouTube ser a segunda maior ferramenta de buscas do mundo, depois do Google, assim como posts em blogs e portais, podem ganhar relevância ao longo do tempo e continuar atraindo audiência mesmo anos depois de publicados. Podcasts vêm ganhando o coração do público e Newsletters, além de ajudarem a aumentar a base de emails cadastrados, são uma forma simples de manter relacionamento com o público, oferecendo uma curadoria de notícias relevantes para ele. 

O que aprender: Relevância e utilidade pública, objetividade, imparcialidade e verdade. Se basear nos princípios do jornalismo para produzir conteúdo de marca é o primeiro passo para criar canais que tenham credibilidade e passem a ser vistos como fonte de informação pelo público. 

Palavras-chave: credibilidade, utilidade, confiança, infotenimento 

Experiências

Porque prestar atenção: Depois de dois anos de isolamento e distanciamento social, as pessoas estão ávidas por experiências que as tirem da rotina e as façam sentir vivas. Estimular os sentidos, sair da realidade, ir além do ordinário e criar memórias. Tudo isso deve estar no foco de marcas que quiserem se destacar. Mas não basta participar, tem que mostrar: cenários e ações instagramáveis (e tiktokáveis) são essenciais.

Superpoder: O triunfo está em transportar as pessoas para realidades menos turbulentas, extraordinárias oníricas, surreais. Com a volta da possibilidade de eventos presenciais, isso pode ser feito por meio ativações físicas, mas plataformas digitais e o tão falado Metaverso podem ajudar a potencializar as ações. 

Como fazer: Festivais, exposições, shows e lojas-conceito que tragam os clientes para dentro do universo da marca, prometem bombar em 2022 e podem incorporar tecnologias que conectem o mundo real ao virtual para superar expectativas. Ao mesmo tempo, ativações em jogos e a criação de microversos que traduzam a experiência de marca são formas de  ousar, extrapolar limites estéticos, transcender limitações físicas.

O que aprender: Consumidores nunca estiveram tão adaptados à praticidade da compra online. A ida a uma loja física deverá, cada vez mais, ter um motivo muito bom para acontecer. Isso pode passar por experiências sensoriais, entretenimento, como no caso da loja da Dengo Chocolates, que tem restaurante, redário e possibilidade de acompanhar a fabricação e criar o próprio chocolate,  ou por uma curadoria muito apurada e específica de produtos, como no caso da Amazon 4 Stars, lojas físicas da marca, somente com produtos preferidos do público. 

Para ir além, ativações que estimulem os cinco sentidos, explorando ASMR com audio binaural, AR, VR, interatividade com imagens por movimento ou voz, sem necessidade de toque, criação de ambientes físicos imersivos ou tudo isso junto, ajudam criar realidades extraordinárias e proporcionar experiências marcantes. Se a experiência puder ser coletiva, melhor ainda, seja presencialmente, seja em mundos virtuais.

Palavras-chave: escapismo, sonho, sensações, extraordinário

Juntando Tudo

Live commerce: Experiência + Influenciadores + Vídeo

Conteúdo rico em vídeo e experiência de compra em tempo real, que inclui interação com influenciadores: a fórmula de sucesso criada na China, já se espalha pelo mundo e conquista consumidores brasileiros. Por aqui, empresas como a Mimo Live Sales oferecem não apenas a plataforma para transmissão, mas uma assessoria completa que vai desde a escolha dos apresentadores à elaboração do roteiro e das ofertas.

Eventos temáticos no Metaverso: Experiência + Conteúdo

Algumas marcas já começaram a garantir seu pedaço de chão no Metaverso, literalmente. Terrenos em Decentraland e The Sandbox não saem por menos de R$60mil. Até mesmo a consultoria PwC já tem o seu. Quem não quer fincar raízes no mundo virtual, pode fazer ativações, como promover eventos temáticos, patrocinar shows de artistas convidados ou criar um showroom de produtos, como fez o Boticário no Avakin Life. É possível até mesmo monetizar as iniciativas, oferecendo objetos e roupas virtuais para os usuários.

Clubes de NFTs com parcerias

Uma das coleções mais valiosas de NFTs, a Bored Ape Yatch Club, não reúne apenas imagens digitais no blockchain. Por trás, há um verdadeiro clube que promove eventos e festas exclusivos para personalidades e bilionários donos das imagens tokenizadas. Entre eles, estão Jimmy Fallon, Shaquille O’Neal, Snoop Dogg e Timbaland.

A propriedade de algo exclusivo, por si só, pode gerar desejo, mas quando isso se materializa em experiências para um grupo fechado, proporcionando encontros, o sucesso é ainda maior. No caso dos macacos, os autores são anônimos. Porém, parcerias com influenciadores e artistas renomados  para criar NFTs podem dar um tempero a mais à iniciativa.

Vídeo curto, vídeo ao vivo, vídeocast, video-série, VÍDEO

Em 2020, o impacto do YouTube no PIB brasileiro foi de R$3,4 bi em 2020 e a plataforma gerou mais de 122 mil empregos, segundo estudo da Oxford Economics. As marcas no TikTok têm, em média, um alcance orgânico de 118%. No Facebook e no Instagram, isso varia de 5 a 5,5% (se você tiver sorte). Além de atrair e reter a atenção da audiência por mais tempo, vídeos geram tráfego, engajamento e contribuem para aumentar a credibilidade e a simpatia por uma marca. Outra grande vantagem do conteúdo em vídeo é que ele pode ser desdobrado em uma infinidade de outros conteúdos: transcrito para um blog, editado em trechos curtos para Instagram ou TikTok, gerar insights para infográficos ou imagens, dependendo do formato, ter o áudio transformado em podcast e muito mais.

O poder dos vídeos pode ser potencializado com influenciadores convidados, e pode aumentar enormemente o alcance de um evento físico, por meio do live streaming.

E aí? O que vai estar na estratégia de comunicação da sua marca em 2022?

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