Música no SXSW 2022: meus achados e bem ouvidos em Austin

10 artistas, entre famosos e desconhecidos, que encontrei e assisti durante o festival


Já tinha pesquisado bastante e acompanhado de longe a força musical do SXSW. Muitas bandas e artistas totalmente desconhecidas aparecem por lá antes de estourar, ou viram pequenos fenômenos locais. Outras já consagradas se apresentam em lugares pequenos, de surpresa, ou em grandes teatros e parques para milhares de pessoas. O principal é: tem para todos os gostos (mesmo!), em todo tipo de lugar, e vale demais pesquisar antes para não perder boas oportunidades.

Eu não fiz essa lição de casa como deveria, mas considero que dei sorte. Com boas dicas de amigos durante o evento ou me enfiando em locais a esmo, conheci bandas e vi performances que valeram cada quilômetro percorrido nos fins de tarde e noite pelas ruas de Austin, de um lugar para outro, depois de um dia cheio de trabalho e conteúdo.

Aqui, faço uma lista daquelas que eu vi, com links que mostram um pedaço ou toda uma música, seja ao vivo de lá, seja uma referência de estúdio – especialmente para as que você talvez não conheça, para ver como ela é “de verdade”. Mas vale citar quatro shows que eu não vi, mas que rolaram por lá e eu queria ter visto: Bob Dylan, no Bass Concert Hall, por ingressos módicos de US$ 130; Spoon, banda originária de Austin, que tentei mas fiquei pela fila que virava quarteirão; Gang of Four, tiozões de Leeds que ainda mandam muito bem (pelo que vi nos Stories alheios); e Anavitória, uma das únicas presenças brasileiras deste ano, que tocaram dentro da belíssima Central Presbyterian Church, onde vi pedaços de outras apresentações menores – mas os horários não permitiram.

Vamos à lista de 10 artistas que eu vi de verdade, e que aproveito para dividir com vocês:

Beck

Na tarde do dia 18 de março, Beck participou de um painel sobre sua vida, seu processo criativo e seu estilo atual de trabalho, conversando com a jornalista musical da The New Yorker, Amanda Petrusich. Na noite do dia seguinte, tomou o palco do Moody Theater lotado, numa performance puramente acústica. Não tocou as mais famosas, frustrando algumas pessoas que só estavam lá pela festa, mas fez uma apresentação memorável. Aqui, o registro de um espectador para “Sissyneck”, música de 1996.

Sammy Hagar and The Circle

O ex-vocalista do Van Halen se juntou ao The Circle, trio formado por ninguém menos que o baixista original da banda, Michael Anthony, o guitarrista Vic Johnson e o baterista Jason Bonham (filho do homem) no Lady Bird Lake, maior palco a céu aberto do festival,e também aberto ao público geral. Tocou músicas próprias, como “Your love is driving me crazy”, covers do Van Halen como “Right Now” e “Why can’t this be love”, e ainda “Rock and Roll”, do Led Zeppelin. Aqui, um registro caseiro de quem estava curtindo o show e gravou um pedacinho só para não passar batido.

Shawn Mendes

Fenômeno teen, com mais de uma música passando 1 bilhão de views no YouTube, Shawn Mendes foi ao SXSW a convite de Samsung e Billboard, se apresentando no Waterloo Park de Austin, também aberto ao público e atraindo milhares de pessoas. Tocou alguns de seus principais sucessos e apresentou pela primeira vez ao vivo a canção “When you’re gone”, filmada aqui por um fã.

Calva Louise

Sediado em Manchester, Calva Louise é um power trio que mistura grunge e punk liderado pela vocalista e guitarrista Jess Allanic, com ascendência venezuelana e que rouba a cena no palco. Aqui, uma performance online no Reading Festival, em 2021.

Nova Twins

Também do movimento de bandas britânicas, Nova Twins traz à frente a guitarrista e vocalista Amy Love e a baixista Georgia South, bela dupla que apresenta um som pesado com base no rock, mas fortes influências de rap e eletrônico.

Jerry Paper

Já tinha feito um post sobre Jerry Paper aqui. Personagem de Lucas Nathan, californiano de 31 anos que se apresenta num vestidinho vermelho estilo Mônica, óculos de lentes largas e danças desengonçadas que cativaram a audiência de sua apresentação no Empire. Músicas interessantes, todas produzidas por ele, com uma pegada que também tem influência eletrônica, mas também com bastante groove.

Surfbort

Do Brooklin, Nova York, nascida em 2015, ela já tocou em festivais como Coachella e participou de uma campanha da Gucci em 2019. Punk nervoso, com muita influência da década de 1980, e mais uma band leader poderosa (e figuraça!): Dani Miller.


Sprints

Sprints foi a banda que eu mais gostei das desconhecidas que fui encontrando pelas casas de Austin. Mais uma com uma mina na guitarra / vocal quebrando tudo. De Dublin, eles também flertam com o pós-punk.

Roller Derby

Natural de Hamburgo, Alemanha, a Roller Derby parece ter saído dos bailinhos americanos dos anos 60. O vocal suave da vocalista, Philipine Meyer, combina com o teclado que também fica por conta dela, acompanhando guitarra e bateria, num som que mistura pop e indie.

Balming Tiger

Cinco coreanos de camisa e gravata, parecendo uma boy band de início e se jogando em performances frenéticas num K-pop que mistura línguas e influências de rap, rock e hip-hop. Foi o último show que eu vi em Austin, no último dia, para fechar com chave de ouro. Nada como a pluralidade de referências. :)

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