Como “desativar” a Lei de Murphy

Sabe aquela torrada que cai no chão com a parte da manteiga virada para baixo? Então.

Edward Aloysius Murphy era engenheiro aeroespacial panamenho, e formulou essa lei em 1949 quando descobriu que todos os eletrodos de um equipamento para medir os efeitos da aceleração e desaceleração em pilotos estavam mal conectados. Nós não sabemos o contexto da situação de Murphy quando viu o serviço mal feito, mas pode apostar que ele deveria estar com pressa.

A questão primordial para se entender a Lei de Murphy passa pela premissa básica de que você talvez esteja em uma situação de risco momentânea. Está na estrada e o ponteiro de gasolina está chegando na reserva? Vai acabar antes do próximo Graal. Estudou no domingo à noite depois dos gols narrados pelo Tadeu Schmidt e tem uma prova na segunda de manhã? Hum… tenho más notícias.

A Lei de Murphy se embasa no conceito de que tudo que pode acontecer, deve acontecer, certo? Pois bem. Acontece que dificilmente o tal do Murphy vai assombrar as aventuras do Bear Grylls em mais um episódio de “A Prova de Tudo”. Por causa de uma simples palavra: preparo. A equipe do Bear vai ter todos os antídotos possíveis caso ele seja picado por uma cobra venenosa do lado oculto de Marte.  Até o Richard da Floresta aceita as loucuras com certa dose de prevenção.

Ok, entendi que preparação é uma boa para evitar surpresas. Mas ninguém pode garantir que um pneu fure. Acontece! 

Exatamente. Mas a Ley de Murphy se aplica a eventos maiores. O ato do pneu furar não implica na lei, e sim o atraso que você terá em chegar ao determinado local por causa do pneu furado. A Lei de Murphy é exibida, grandiosa, gosta de entradas triunfais e sempre será aplicada no mal maior que você terá por causa do imprevisto.

Assim como qualquer lei da natureza, tenho de confessar uma coisa: não tem como desativar a Lei de Murphy. O que pode ser feito é diminuir as porcentagens disso acontecer. Na maioria das vezes funciona, mas você sempre estará sujeito a passar pelo “shit happens”. A torrada citada no início do texto é uma questão básica da física: Não dá tempo dela dar uma volta completa antes de cair no chão por causa da altura da mesa. Ela é um existente, que sofre efeitos da gravidade.

Outra questão que lidamos é com o tempo. Quanto maior for o tempo de uso de uma máquina ou ser humano, maiores as chances dele apresentar problemas. Em algum momento o tal do contratempo virá. É por isso que existem as prevenções em maquinários e seres humanos (que conhecemos pelo nome de médico). Isso não impedirá com 100% de certeza que a Lei de Murphy ocorra, mas já é um grande passo para evitar de acontecer algo inesperado.

Se formos traçar um breve comparativo entre a Lei de Murphy, e as leis da teoria de probabilidades e combinatória, veremos que na maioria das vezes o fantasma do Murphy surgirá em momentos com probabilidades estatísticas de algo acontecer. Põe na conta aí: momentos de pressa, de ansiedade, de provação…

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