fotos por Melina Kato.
Inspiração e Influência
Nada supera um apaixonado. A missão do Update or Die é reunir essas pessoas, curiosas e obcecadas por natureza. Já passaram por aqui, nos últimos 10 anos, mais de 500 colaboradores, produzindo conteúdo e participando de projetos especiais. Hoje, formamos uma das maiores e mais experientes comunidades de influenciadores do Brasil, com diversos profissionais ligados às áreas de criatividade e que têm enorme prazer em compartilhar seus achados e insights. Nesta série de dicas, vamos apresentar um pouco desses updaters.
Viajar. Produzir. Tocar. Cantar. Compor. Gravar. Dirigir. Compartilhar. Muitos verbos compõem o currículo de atividades de Lucas Mayer. E tudo feito com muito cuidado, criatividade e dedicação.
Ele é de Porto Alegre, mas mora em São Paulo, onde é produtor musical, sócio do DaHouse Studio e do selo DaFne Music.
É banjista no Versos que Compomos na Estrada (duo paulista formado por Lívia Humaire e Markus Thomas) e na banda Call Me Lolla, além de multi-instrumentista em seu projeto solo, o “Le Tour Du Monde” (que você conhece daqui do UoD), para o qual compõe músicas viajando ao redor do mundo com sua namorada, a filmmaker e updater Iris Fuzaro.
A proposta desse último citado é buscar inspiração nas mais variadas cidades do mundo, para compor e gravar nas ruas de cada uma delas. Durante as andanças, a dupla busca pela essência musical e as agrega em suas composições, além de se juntar a músicos locais, artistas de rua, luthiers e apaixonados por música para realizar as gravações e para “compor”, espontaneamente, cada uma das histórias vividas por eles (suas experiências são contadas em forma de série). Um elemento importante do projeto é a captação dos sons das ruas para que o ambiente possa fazer parte da canção. Como vimos neste post sobre o Binaural. Algo que amplia a experiência do ouvinte, que, com um fone de ouvido, pode ser transportado pra dentro da viagem do casal.
Tal projeto pode ser acompanhado no Update or Die, com cortes especiais para os leitores. A série também vai ao ar pelo canal TLC.
Pra somar a tudo isso, Mayer ainda compõe músicas para publicidade, como em Products of Tomorrow e para projetos “não tão publicitários assim”, como diz, a exemplo do #MusicasParaSempre, que ajuda pacientes com Alzheimer a preservar, por meio da música, suas memórias afetivas.
Do ano passado pra cá, seu selo lançou 121 fonogramas de artistas, dentre os quais assinou a produção de nove discos. Ele também dirigiu o documentário e produziu o disco de “Se assoprar posso acender de novo: inéditas de Adoniran Barbosa nas vozes de grandes artistas”, como Ney Matogrosso, Fernanda Takai, Criolo, Liniker, Kiko Zambianchi, entre outros.
Mesmo com tantas atividades, ainda sobra tempo de cuidar da Lorena, uma cadela Samoieda, e da Patrícia, uma gata malhada. Ele também gosta de enfatizar que não tem carro e que prefere andar de avião. Típico de quem vive buscando novos horizontes, perspectivas e sensações para sua inspiração.
Dicas do Lucas
01. Um livro:
“Admirável Mundo Novo”. O primeiro livro que li de ficção científica e que fez eu me apaixonar pelo gênero. Além de Aldous Huxley, gosto muito do Isaac Asimov e, claro, Carl Sagan.
02. Um som (uma música, um álbum ou uma banda):
Na busca por novas referências algum tempo atrás, achei uma banda que acho muito legal chamada You Say France and I Whistle. A música mais legal deles é “Spider Web”. Mas admito que para ouvir um som em casa prefiro algo mais calmo como Andrew Bird. Meu album predileto dele é “The Mysterious Production of Eggs” e a música é “A Nervous Tic Motion of The head To The Left”.
03. Um post:
Todos do Pedrinho Fonseca.
04. Uma pessoa na última semana:
Iris Fuzaro, porque tô pegando.
05. Um buzzword (palavrinha afetada):
“bah”.
06. Uma série inesquecível:
“Vikings”
07. Filme da vida:
“Interstellar”
08. Uma viagem (um destino):
Tóquio. Mas isso vai mudando a cada volta ao mundo que damos no “Le Tour”.
09. Uma atividade física:
Levantamento de cerveja. E às vezes um skate para locomoção.
11. Uma citação:
“Terra à vista!”
12. Um achado:
Meu Tenor Guitar Smith de 1920 que comprei do Soren Venema, no Palm Guitars, em Amsterdam.
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