Spotify lança anúncios interativos por comando de voz

Primeiro anunciante a desfrutar do recurso no mercado norte-americano é a Unilever

O Spotify apresentou nos Estados Unidos no dia 2 de maio um novo tipo de anúncio em sua plataforma. Os usuários da versão free começarão a ser impactados por publicidade contendo a possibilidade de interação por comando de voz. Durante o comercial, a locução indica que se o usuário disser “play now” será encaminhado para a playlist de uma marca, por exemplo.

O principal rival do Spotify no mercado norte-americano, o aplicativo Pandora, também está desenvolvendo um recurso nessa mesma linha, mas ainda não o testou com nenhuma marca.

No Spotify, a primeira marca a fazer essa publicidade interativa por comando de voz será a Unilever, que vai promover uma playlist do desodorante Axe.

Quem utiliza a versão free do Spotify por smartphone pode decidir se querem ou não receber esse tipo de publicidade nos EUA. Basta que acessem as configurações para ativar ou desativar a opção “Voice-Enable Ads”.

Privacidade

O Spotify afirma que essa novidade só funciona se os usuários autorizaram que o microfone dos smartphones ou dos fones de ouvido sejam acessados pelo aplicativo. Ainda assim, a empresa garante que após o comando “play now”, o microfone volta a ser desligado. Assim como há a opção para receber os anúncios nesse formato, também há a possibilidade de revogar o acesso do Spotify ao microfone

Ao passo que passamos a aceitar que “o futuro já chegou” ao dar comandos de voz para devices específicos para isso, como o da Amazon e o do Google, por exemplo, tudo indica que apps, que até então tinham interface 100% touchscreen, agora vão ser voice-enabled também.

Opinião

Apesar das afirmações oficiais de fabricantes de assistentes de voz, de smart TV, de smartphones, particularmente não me sinto confortável por não saber exatamente até onde o que eu falo é coletado, processado e retorna pra mim em forma de um novo anúncio na timeline do Instagram, por exemplo. (Só eu já tive essa sensação?)

Será mesmo que não nos ouvem? Será mesmo que não coletam o que falamos? Tenho adotado uma postura bem cética quanto aos comunicados oficiais até que me provem o contrário.

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