Estamos vivendo na era do Zoom. O que isso demanda de nós?

O que faz a diferença mesmo, nesta fase de encontros virtuais via Zoom, são as soft skills.

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três habilidades fazem toda a diferença no Zoom

Hoje é o aniversário de 27 anos do meu sobrinho Markus. Ele nasceu e sempre morou na Alemanha, mas há dois meses veio morar aqui no Brasil, porque começou a trabalhar aqui. Assim como o resto da casa, está de quarentena, e hoje sua festa de aniversário foi pelo zoom.

Zoom é o aplicativo de videoconferência que, de um dia para o outro, virou a ferramenta básica de convívio social de milhões de pessoas mundo afora: aulas online para estudantes do ensino médio à faculdade, reuniões virtuais de empresas, encontros entre famílias e amigos. A maior comprovação são as ações da Zoom, que disparam nas últimas semanas, fazendo a empresa passar a valer US$ 38 bilhões.

O número de “zoomers” – apelido carinhoso que os usuários estão adotando em referencia à geração Z , cresce a cada dia, assim como as instruções sobre como usar a plataforma, as gafes engraçadas compartilhadas diariamente, as dúvidas básicas como pedir ou não licença para ir ao banheiro, e as regras de etiqueta divulgadas incessantemente, que nos orientam a pensar nos encontros via zoom como se fossem encontros presenciais: devemos nos vestir adequadamente – pelo menos da cintura para cima, escolher bem o local antes de abrir a câmera, colocar o microfone no mudo quando não estamos falando, evitar multi-tasking, e agir como se todos estivessem presentes na mesma sala.

Mas, de verdade, para mim, o que faz a diferença mesmo, nesta fase de encontros virtuais via zoom, são as nossas soft skills, ou habilidades comportamentais. Em especial, eu tenho sentido que três habilidades são as que fazem toda a diferença:

1. Comunicar-se de forma eficaz 

Conseguirmos nos comunicar de forma eficaz significa sermos capazes de dizer o que queremos dizer de forma a sermos ouvidos e respeitados, o que está diretamente ligado a dois elementos principais: o que dizemos e como dizemos, especialmente quando estamos fisicamente distantes.  

Eu, particularmente, sempre levo em consideração duas coisas ao falar: com quem estou falando – uso palavras diferentes se estou conversando com a equipe do trabalho, um amigo de confiança, um cliente ou minha filha, e  procuro usar frases mais curtas e palavras mais simples, para facilitar o processamento e entendimento da mensagem!

2. Escutar ativamente

Se comunicar virtualmente demanda não apenas saber falar de forma eficaz, mas também saber escutar.

Nesses dias de zoom, tenho visto pessoas apenas ouvindo, no sentido de audição, relacionado a aquilo que o ouvido capta. “Entrou por um ouvido e saiu pelo outro” define bem o que quero dizer: pessoas que captam o som, mas não agem sobre o que foi dito. Já saber escutar é uma ação, exige escolha. Escutar é o ato de ouvir com atenção, entendendo o que está sendo dito, compreendendo e processando a informação internamente.

Nesta fase “zoomer”, ando prestando muita atenção para escutar com disponibilidade, estando presente, tentando não interromper, mudar de assunto, falar sobre mim, comparar ou julgar. Apenas escutar.

3. Ter e sentir empatia

A terceira habilidade que vejo como fundamental é a empatia, no sentido de aceitarmos as diferenças que aparecem no modo de pensar, nos padrões de comportamento, na forma de responder dos outros. 

Essa habilidade de saber se colocar no lugar do outro já foi classificada como uma habilidade para o trabalho do futuro, mas mais do que nunca, eu acredito que seja uma habilidade do presente, em especial para essa nossa fase de contato apenas virtual, quando mais estamos precisando esforços extras para tentar entender a posição dos outros.

Estamos vivendo um momento diferente de tudo o que vivemos até então. Desafios novos aparecem a cada dia, e estamos todos tentando nos adaptar, um dia por vez. Mesmo com tudo isso, ou até em função de tudo isso, a necessidade de estarmos conectados e de pertencermos a um grupo se mantem forte…. e justamente por isso, agradeço termos ferramentas de videoconferência como o zoom! Elas nos ajudam a mantermos o contato, não importa em que lugar do mundo estejam as pessoas com quem queremos conectar!

E quando esta fase terminar, espero que, além de termos nos acostumado ao hábito saudável de lavar as mãos frequentemente, termos desenvolvido a capacidade de apreciar melhor os pequenos prazeres e aprendido a lidar melhor com a tecnologia, tenhamos também fortalecido nossas soft skills! Cada vez mais elas se tornam essenciais para nossa vida pessoal a profissional, nunca duvide disso!

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