Tie Dye provoca grandes marcas da moda

Com o distanciamento social e TikTok, o Tie Dye re-re-re-ressurge.

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A chegada da pandemia mundial do COVID-19 exigiu distanciamento social, e tivemos que repensar e nos re-educuar a respeito dos nossos comportamentos até então. Impactadas diretamente pela nossa mudança comportamental estão as marcas. 

É sempre bom ressaltar que todos esses comportamentos que vou trazer já existiam, apenas foram catalisados em diferentes proporções.

Podemos começar pela rede social preferida dos jovens no momento: o TikTok. A mídia social já investiu mais de 50 milhões de dólares no programa #LearnOnTikTok, pois encontrou um nicho no movimento de usuários se ensinando conteúdos rápidos e práticos. Um ótimo espaço para quem gosta de moda e está com tempo livre para se arriscar na quarentena. 

Com movimentos pregando moda sustentável de forma mais enfática, re-re-re-ressurge o tie dye. A estampa faz sucesso desde os anos 70, e era de se imaginar que ela voltaria como acompanhante das tendências de moda que se inspiram nos anos 60/70. Em 2018, ela voltou novamente nas passarelas, e em 2019, muitas personalidades já a tinham dado como saturada. Mas foi no início de 2020 que ele realmente ocupou espaço na maioria dos armários (inclusive no meu). Esse movimento tem muito a ver com a nossa necessidade de pertencimento, novidades e personalização, dinamizadas no período de quarentena.

O cenário que se deu foi o seguinte: estamos em isolamento, nada melhor que o TikTok para nos tirar do tédio, lá muitas pessoas postam seus processos de tie dye, e se eu fizer esse processo eu “pertenço a esse grupo” (pertencimento check).

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Com o mundo todo parado, as maiores novidades que eu posso consumir são as que eu mesmo crio – mais um ponto para o tie dye; sim, também podemos comprar online, mas não há uma grande experiência sensorial nisso. (novidades check).

Há muito se fala sobre como os jovens buscam experiências e produtos personalizados,  e aqui novamente encaixamos o tie dye, visto que cada peça feita é única e criá-la é uma experiência (personalização check).

De olho nesses comportamentos, as marcas de moda começaram a agir, focando mais em moda sustentável. Assim, elas não perdem seu público e ainda tentam se comunicar com um público mais jovem, como a geração Z e Alpha. Um exemplo é o último lançamento da American Eagle, uma marca focada no slow retail, a Unsubscribed, uma marca que foca em roupas de qualidade e, a grosso modo, no princípio da escassez, com apenas duas coleções anuais, o exato oposto de sua marca mãe.

Assim como a Unsubscribed, a Michael Kors e a Armani, outra marca que também irá adotar o conceito seasonless é a Gucci, que produzirá dois shows por ano e não cinco, como estamos acostumados. Indo além, a marca já está trabalhando em peças com materiais reciclados e sustentáveis, a Gucci Circular Lines.

Estas posturas são muito importantes tanto para o presente, com um posicionamento que parece consciente, quanto para conquistar a geração Z e Alpha, que já começam a ter força financeira no mercado e entendem que cada compra é política.

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Enfim, chega ao mainstream com mais força o entendimento de que para “estar na moda” não precisamos comprar de fast fashion e sim reciclar uma roupa através de vídeos no YouTube TikTok de 1 minuto, pois com isso ajudamos o planeta e seus locatários. Para não ficar de fora, as marcas devem tangibilizar esse sentimento, ir além do discurso. Seja criando menos coleções, com peças de roupas de tecidos reciclados ou ensinando seus consumidores parceiros a reconstruir suas roupas através das redes sociais.

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