Após Kit Kat no CBLoL, Nestlé lança open innovation para games

Com o objetivo de mapear oportunidades e ampliar o conhecimento de seus times em relação ao ecossistema gamer, a Nestlé abriu um projeto de inovação aberta com a eBrainz, consultoria especializada em games. Na primeira fase, a iniciativa envolve os times das marcas KitKat e Nutren Senior com dinâmicas que mesclam gamificação, data learning e design thinking em todas as etapas.

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Juliana Glezer, gerente de inovação e portfólio na Nestlé

Juliana Glezer, gerente de inovação e portfólio na Nestlé, explica que a decisão por um processo de inovação aberta tem relação direta com a necessidade de entregar algo assertivo e que esteja no contexto dos jogadores. “O gamer valoriza aquilo que é autêntico e para garantir a assertividade nos novos modelos de negócios que queremos desenvolver, a Nestlé entende que eles precisam ser cocriados com os próprios gamers”, explica.

O projeto reúne KitKat, marca que acaba de fazer uma imersão no mundo dos games com o patrocínio ao Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL), e a Nutren Senior, que mapeia possibilidades dos games orientados ao público 50+. Patricia Nakamuta, gerente de marketing de KitKat, explica que a marca já colhe frutos do investimento no cenário. “Assim que comunicamos que seríamos um dos patrocinadores de CBLoL, em janeiro deste ano, estávamos no TOP2 das marcas mais comentadas no Twitter com CBLOL”, lembra Patricia destacando que a parceria demanda interação, acompanhamento muito próximo aos gamers e aos streamers.

Sobre a escolha de Nutren Senior, Luciana Buzolin, gerente de marketing consumer care na Nestlé Health Science, explica que os games se tornaram uma plataforma importante para o público 50+. “Diversos estudos apontam os jogos como meios de socialização, entretenimento e também saúde mental e reabilitação para este público”, justifica. Na Pesquisa Game Brasil, 24,7% dos 81 milhões de gamers brasileiros têm entre 35 e 54 anos.

Dados orientados ao engajamento

O projeto também conta com a colaboração da Desbrava Data, empresa parceira na captação de dados e monitoramento digital; e da escola de inovação Cia Makers que atuou durante o processo de modelagem e execução da metodologia.  “Esse desafio começa a ser alcançado quando as marcas conseguem medir o alcance de suas ações e o retorno sobre o investimento. É justamente o que buscamos ao monitorar todo o mercado de game e as métricas que envolve cada player”, diz Paulo Pereira, fundador da Desbrava.

Ainda de acordo com Paulo, além das métricas de cada jogador e seu alcance no ambiente digital, medimos também os jogos e os times. “O objetivo é ser justamente esse business intelligence para que as marcas tomem decisões com base em dados”. Por sua vez, Beto Vides, diretor-geral da eBrainz, consultoria que já desenvolveu projetos com empresas como Claro e Unilever, explica que o melhor caminho para atuar neste cenário sempre foi “jogar junto”.

“Entendendo a fundo suas necessidades e comportamentos, estabelecendo um relacionamento verdadeiro e trazendo propósito e troca pra conversa. Conexões verdadeiras com o consumidor, gamer ou não, são o diferencial para qualquer empresa. O sucesso está em entender que esses milhões de brasileiros não se definem por um único comportamento gamer, e sim manifestam um composto de distintos hábitos, preferências, plataformas, jogos, representantes e comunidades”, explica Beto.

nutren

O resultado do projeto pode ser desdobrado em serviços e experiências conectadas com o universo dos games, além de dinâmicas de gamificaçao que mudem a maneira de atuação do time de marcas. “A área de inovação da Nestlé está preocupada com o futuro do negócio, identificando, testando e implementando oportunidades como as do universo gamer. E entendemos que a inovação aberta é a melhor forma de alcançar resultados nesse segmento, pois estamos construindo as soluções juntos com nosso público-alvo”, explica Juliana.

O universo gamer tem um imenso potencial de crescimento. Em 2020, este mercado movimentou US$ 159 bilhões e registrou 7,1% de crescimento e já supera a indústria do cinema e da música com 2,7 bilhões de dólares. No cenário competitivo, os brasileiros já são maioria na América Latina, ocupando o 1º lugar no ranking com 24 milhões de espectadores e estão na 3ª posição no mundo. Nesse segmento, o País registra 30% de alta na cobertura televisiva dos torneios.

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