E a primeira embaixadora gamer feminina da Nike é uma brasileira. O nome dela é Nicolle Merhy, também conhecida como Cherrygumms. O mais interessante da escolha é que Nicolle não apenas joga ou faz streaming, ela dirige a equipe Black Dragons, como CEO, e é, atualmente, uma das principais liderança do ecossistema de games e e-sports do Brasil.
Assim que soube da notícia e da simbologia por trás dela, não hesitei em trocar alguns áudios com Nicolle, por meio da Luiza Helena Costa, sócia da startup especializada Out of The Mug, empresa parceria da Cherrygumms nos diversos projetos desenvolvidos. Vale lembrar que, aos 24 anos, Nicolle já foi escolhida como Forbes Under 30, defensora, no Senado, do cenário feminino gamer e representante do Brasil em eventos internacionais.
A seguir, separei alguns trechos do nosso papo. Além da Nike, Nicolle também é embaixadora da Acer e Fusion, da Ambev. Além de ter trabalhado com diversas outras marcas.
O que representa, para você, e para muitas mulheres do cenário, termos a primeira embaixadora da Nike nos games?
Gosto de relembrar da minha mãe ao responder essa pergunta. Há cinco anos, se eu perguntasse a ela se acreditaria que hoje eu seria embaixadora da Nike hoje, seria provável que não. Mas tudo evolui muito rápido e hoje eu, uma atleta digital, estar em um lugar que já é muito bem ocupado por jogadores de futebol e outros atletas, é muito simbólico. Então, eu diria, que estamos falando do futuro. Além disso, ser a primeira mulher é uma honra porque entendo meu papel neste cenário e também para ajudar as marcas a acreditarem e fazerem acontecer muitos projetos legais.
Qual o papel de uma embaixadora?
O primeiro é ajudar a marca a entender o cenário e mostrar os caminhos possíveis a seguir. Faço isso há cinco anos com a Acer e há quase quatro anos com Fusion, da Ambev. É um papel também de consultoria, ou seja, vai muito além da minha imagem. E vale lembrar que é sempre um trabalho a quatro mãos que deixa claro os princípios e ideais daquilo que estamos construindo em conjunto. No caso dos e-sports, a embaixadora tem um papel fundamental já que é um segmento em desenvolvimento e que demanda muito conhecimento.
E a responsabilidade da marca neste processo?
O papel da marca nessa relação é, além de cocriar, mostrar o que querem como marca de forma clara e, a partir dai, temos a missão de construir algo juntos, elaborar juntos e tirar a ideia do papel e colocar em prática. Outras marcas também podem agregar a um cenário tão jovem sua experiência, conhecimento, profissionalismo e desenvolver ações e campanhas que possam ir além da caricatura e que façam sentido.
Qual a importância da cocriaçao com a Out of The Mug?
O fato de todas sermos mulheres já é muito importante. Entendemos muito bem sobre o que estamos falando e para quem estamos falando. Quando a Nike me escolhe como embaixadora, ter uma equipe de mulheres ao meu lado é importante e isso ajuda na qualidade daquilo que conseguimos entregar e na referência para que outras marcas invistam no cenário.
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