São Paulo no futuro
Chegamos ao último artigo da série Revisitando Previsões, até aqui passamos pelo pelo Despertar das cidades dormitório, começando com A Nova Classe Criativa.
Por trás desses três artigos estão suas versões originais, publicadas em meados de 2020. Reações em cadeia a partir da crise podem afetar diretamente a economia dos bairros, Usando a Villa XP para falar de cidades e O Futuro da Faria Lima.
A capa da Vejinha SP com um patinete abandonado assustou muita gente. Imaginar os maiores defensores dos coletes deixando a Faria Lima foi um baque. A perspectiva era de um esvaziamento do principal centro empresarial, o que jogava toda a cidade sob a sombra da decadência, a época com quase metade dos imóveis comerciais vagos.
A pandemia revelou a força da nova Classe Criativa, que preservou seus empregos, aumentou seu poder de consumo e ainda pôde se movimentar para lugares mais aprazíveis que as grandes cidades.
A chegada desse grupo movimentou cidades do interior e do litoral, acostumadas com fluxos de temporada ou finais de semana, passaram a ser residência permanente de profissionais que trabalham de forma remota. Mais demanda nos setores de serviços, comércio e imobiliário desses lugares.
De outro lado, as cidades grandes viveram um período de dúvidas sobre sua viabilidade, com bairros importantes sendo esvaziados, desemprego em setores fortes como comércio e serviços e um crescente número de imóveis vagos.
Ainda que as Classes Criativas tenham chamado a atenção em seu movimento para o interior, sua natureza é essencialmente urbana, voltada para pluralidade que só as grandes cidades podem proporcionar.
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