Marketing Digital: o pastel de vento e o fim da feira

Enganam-se os que compraram a ideia de que “digital é Facebook e Facebook são X posts por semana”

Especial com uma pitada de pimenta

Ano após ano o marketing digital vem ficando mais complexo. Enganam-se os que compraram a ideia de que “digital é Facebook e Facebook são X posts por semana”. A transformação digital é muito mais intensa e ampla que isso (ainda bem). A fragmentação da mídia, por exemplo, torna cada vez mais difícil o trabalho das áreas de Performance das agências – que precisam estar mais alinhadas do que nunca ao comportamento dos consumidores para entregar resultados ao anunciante. Esse mesmo desafio se aplica em todas as áreas, inclusive a de criação. Não tem mais ideia genial que não leva em conta o outro lado, não tem mais a certeza de emplacar um produto só porque comprou toda a grade de mídia, entre tantas outras mudanças. O pastelzão agora é especial e com pimenta.

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A mudança é constante e inovar é preciso.

A escassez de profissionais qualificados em marketing digital também é uma realidade que deixa o desafio mais puxado. E não é apenas um cenário para as agências, mas também para muitos clientes. Muitas áreas de marketing são compostas por profissionais obsoletos, com raso conhecimento sobre a comunicação em 2017 (quem dirá no futuro). Nesse contexto, as agências de publicidade precisam se colocar, serem parceiras de resultado, agentes de inovação e de transformação.

Está em pauta a discussão agência versus consultoria, sobre o modelo das agências – que também precisam mudar para atender os novos desafios dos clientes, e as consultorias – que entraram em cena e agora entregam mais que direcionamentos. Isso não precisa ser um duelo, a mudança é fluida. Se o seu cliente não sabe como lidar com tantas mudanças o seu papel é ajuda-lo a entender esse novo mundo, a encontrar o seu lugar e como se posicionar. Seja agência, consultoria ou os dois. Tem pra todo mundo e não tem pra ninguém.

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De vento em popa

São tantas coisas acontecendo. Negócios que vão deixar de existir nos próximos anos. Empregos que serão absorvidos pela tecnologia e os que vão surgir a partir dela. E tudo isso numa velocidade inédita. Em meio a tudo isso, a dinâmica de relacionamento e entrega entre cliente e agência também precisa se transformar. As agências hoje são muito mais uma ponte entre o anseio do consumidor e seus clientes do que antes, e precisam ser vistas como tal. Os clientes conhecem seus próprios negócios, mas podem estar confusos sobre como eles serão amanhã. E confusos em relação a que tipo de agência vai ajudá-los nessa transformação.

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Fechado no momento

É aí que o pastelzão das demandas vazias precisa sair de cena. Na ansiedade por acertar, os pedidos começam a vir cada vez mais sem nexo e conexão entre si. Temos que nos transformar, juntos. Organizações não mudam até que todas as pessoas mudem. Não pode mais haver a barraca de pastel montada, esperando a próxima demanda de vento. Nós, agências, precisamos reconhecer o fim da feira e ter coragem e empatia para construir o futuro.

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