Calçadas sem rampas se tornam muros para quem é cadeirante

Iniciativa da ONG Movimento SuperAção chama atenção para os desafios diários enfrentados por pessoas com deficiência em meio às questões de mobilidade urbana

De acordo com o último censo demográfico, publicado pelo IBGE, mais de 45 milhões de pessoas declararam ter pelo menos um tipo de deficiência. O estudo também revela que em São Paulo, maior cidade do Brasil, apenas 9% das calçadas possuem acessibilidade. Desde então, melhorias aconteceram, mas as pessoas com deficiência física ainda não vivem em uma sociedade adaptada, tendo que enfrentar problemas de mobilidade urbana diariamente.

Para jogar luz nessa questão, a ONG Movimento SuperAção deu início ao projeto “Sem Rampa, Calçada é Muro”, idealizado pela agência Z+.

Ao convidar artistas como Apolo Torres, Bruno Mazola, Clara Leff, Chivitz, Dinas Miguel, Feik, Felipe Palacio, Ignoto, Mazola Marcnou, Minhau, Negritoo, Ojos Blancos, Tarik e Tito Ferrara a iniciativa leva os graffitis das paredes da cidade para obstáculos que se tornam muros para os cadeirantes, com o objetivo de provocar uma reflexão e fazer um alerta. Até agora, já são 14 obras espalhadas por meios-fios paulistas que por lei deveriam ter rampas de acesso. Elas estão localizadas em regiões como Barra Funda, Bela Vista, Campo Belo, Chácara Santo Antônio, Jaraguá, Lapa, Liberdade, Mooca, Pinheiros, Sumaré e Vila São Francisco, além de Embu das Artes. Além disso, o projeto também já desembarcou no Rio de Janeiro e no Recife.

Para divulgar o projeto, a ONG Movimento SuperAção conta com um perfil no Instagram em que todos os graffitis podem ser vistos, bem como a localização de cada um deles. Basta acessar @CalcadaEMuro.

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