Unicórnios do franchising

O formato de franquias está acelerando unicórnios

Eu vejo o futuro repetir o passado

O Tempo Não Pára – Cazuza

Fintechs, Edtechs, Retailtechs, Adtechs, Tudotech. 

O mercado está repleto de startups com propostas inovadoras para seus setores, mas vem ocorrendo uma pequena revolução no franchising que merece atenção.

O formato de franquias está acelerando unicórnios.

Empresas promissoras como Omie e Market4u estão escalando com parceiros via franquias, numa velocidade que supera seus competidores. 

Um dos fundadores da Omie, Marcelo Lombardo, declarou que seu modelo de negócios original, baseado em marketing digital, não estava funcionando

Como disse Diogo Marcondes, Diretor de Franquias da Omie: “Alcançamos este patamar, porque nos apoiamos nas franquias”

Market4u

A Market4u não alcançou uma avaliação de mercado tão significativa, sua expectativa é receber um aporte entre 10 e 15 milhões de reais para chegar a 10 mil pontos de venda.

Quando somava 327 lojas seu faturamento médio era de 5 milhões de reais por mês, algo como 15 mil reais por unidade.

Bem por isso a estratégia é concentrar até 10 lojas sob um mesmo franqueado.

“O parceiro franqueado investe, utiliza a tecnologia e faz a parte logística e de armazenamento. Sob a nossa marca montam centros de distribuição e fazem a operação logística de levar a mercadoria até os condomínios”

A ambiciosa meta de 10 mil unidades com um aporte de 15 milhões de reais chama a atenção. Fazendo uma conta por cima, seria um investimento tão baixo quanto R$1.500 por novo ponto. 

Essa relação só é possível por conta do formato escolhido para acelerar a expansão do negócio, as franquias. Formato em que o franqueado assume a maior parte do investimento e esforço operacional. 

Daki

No outro extremo desta estratégia está a Daki, rede que abriu pouco menos de 100 unidades no seu primeiro ano e mira crescer com lojas próprias para algo na casa de 300 unidades. 

Aportes na ordem de 2 bilhões de reais fazem da Daki a maior promessa do segmento.

Para efeitos de comparação, a Americanas pagou 2 bilhões de reais por 73 lojas da rede Hortifruti Natural da Terra

Ainda que esteja com bastante caixa para expandir, o formato de lojas próprias da Daki implica em assumir toda a responsabilidade, e mesmo o ambiente ágil de uma startup pode ser pouco quando se trata de identificar, alugar, reformar e operar centenas de dark stores

Zipp

Curiosamente, essa é a crítica que o CEO da Zipp, também uma aplicativo de entregas de supermercado, faz a respeito dos mercados tradicionais:

“Os supermercados que têm presença online mas são físicos têm uma desvantagem. O negócio deles é imobiliário, de abrir loja. O marcador de desempenho é de quantas lojas estão abrindo”. 

Nana Delivery

Outra curiosidade vem do Nana Delivery, que opera com lojas próprias, mas é uma startup fundada por executivos do Zé Delivery, enquanto o próprio Zé Delivery trabalha com parceiros licenciados.

O Nana recebeu um aporte de 18 milhões de reais para expandir sua atuação, que hoje está concentrada em Belo Horizonte, com aproximadamente 10 unidades, proporção que entende ser ideal para cobrir toda a cidade. 

Fica o desafio de acertar bem nesses pontos e com eles montar uma rede que cubra com velocidade uma região tão densa. 

Rappi

A principal referência no mercado de entregas rápidas também está se mexendo e anunciou uma nova expansão em sua rede de dark stores, mais do que dobrando, de 125 para 300 unidades. 

Cada loja do Rappi tem entre 120 e 150 metros quadrados e é operada por um time médio de sete funcionários. 

Eles pretendem chegar a cidades prósperas e menos densas, como Ribeirão Preto e Maringá, onde é possível cobrir mais terreno a partir de uma loja. 

James Delivery

De patinho feio dos apps, a principal aposta do GPA em sua estratégia de digital, que separou 700 milhões de reais para fazer frente à chegada dos apps. 

O movimento digital do GPA já começa grande, considerando os pontos que a rede Pão de Açúcar, Minuto e Pão de Açúcar Fresh, que opera na linha dos hortifrutis.

Alfred Delivery

Se James é um bom nome para entregas, Alfred também é.

A despeito da mesma estratégia de nomes, o Alfred está num patamar mais inicial.

É uma genuína startup, que passou por processos de aceleração, time enxuto, coworkings e encontrou no formato de franquias uma via de crescimento de 1500%. 

Si Advisors

Para não dizer que só falamos de entregas, temos o caso da empresa que começou querendo ser a Loft e virou uma Madeira Madeira de luxo.

Em seu processo de transformação, a empresa se desvinculou de investidores, caminho inverso do que fazem as startups, e encontrou nas franquias a melhor estratégia para se expandir. 

Ao final, fica evidente que a busca por rodadas de investimentos não é o único caminho para startups escalarem e que a força do setor de franquias no Brasil é uma alternativa poderosa.

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