O que o bilhar, o elefante, o plástico e o cinema têm em comum? Essa história.

[su_heading size=”26″ align=”left” margin=”0″]Mais ou menos uns 150 anos atrás, uma das formas de entretenimento mais populares do mundo era o bilhar. Os grandes empresários da época passavam horas circulando as mesas de feltro verde, enquanto davam baforadas em seus charutos e discutiam negócios. O bilhar era uma sala de reunião sem cadeiras.[/su_heading]

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A popularidade do jogo era tanta que em 1915 existiam 830 casas de bilhar só em Chicago. Eram milhares de mesas e milhares de jogadores.

E milhares de bolinhas defeituosas.

O ponto fraco do bilhar eram as bolas, que nunca eram iguais. Umas eram mais densas e pesadas, outras menos uniformes e até o tamanho acabava variando, o que transformava cada novo jogo em uma experiência única e inédita.

E de uma hora para a outra, a vida dos elefantes que passeavam tranquilamente lá pelas savanas da Africa, mudou para sempre.

elefante

O marfim de suas presas foi considerado o melhor material para a fabricação de bolas de bilhar e virou o padrão. Cada presa rendia 3 bolas.

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Faça as contas e imagine a proporção que a imbecilidade humana pode tomar, em tempo recorde.

Dá uma olhada nesse foto, feita por uma das fábricas de bolas de bilhar da época:

pilha

São 20.000 bolas. Ou, 6.666 presas. Ou, 3.333 elefantes mortos. Só NESSA foto. Esse senhor, que displicentemente limpa seu ouvido com o mindinho, está confortavelmente relaxando sobre uma pilha de mais de 3333 elefantes assassinados.

05 May 1922, London, England, UK --- Ever see three quarters of a million dollars worth of ivory tusks? A wonder crner of the London docks in the ivory store house showing a collection of ivory tusks worth $750,000. There are huge carved mammoth tusks from Siberia and elephant tusks from Africa and other elephant stamping grounds. The average price per ton for elephant tusks is about $5,000 per ton. Some of the specimens shown in the photo are over eight feet long. --- Image by © Bettmann/CORBIS
05 May 1922, London, England, UK — Ever see three quarters of a million dollars worth of ivory tusks? A wonder crner of the London docks in the ivory store house showing a collection of ivory tusks worth $750,000. There are huge carved mammoth tusks from Siberia and elephant tusks from Africa and other elephant stamping grounds. The average price per ton for elephant tusks is about $5,000 per ton. Some of the specimens shown in the photo are over eight feet long. — Image by © Bettmann/CORBIS

Para cada par de mesas ocupadas em algum bar por distintos senhores de negócio, um elefante havia tombado na Africa.

Felizmente, essa história teve uma virada inesperada: a invenção do PLÁSTICO.

Como os elefantes estavam acabando e o preço das bolas aumentando muito, os fabricantes de bolinhas criaram um concurso que premiaria com 10 mil dólares o inventor que trouxesse um material substituto para a fabricação de bolas de bilhar. E foi assim que John Wesley Hyatt, que era um funcionário de uma gráfica (e não um cientista), acabou fazendo vários testes químicos até criar o primeiro plástico, que ele chamou de celulóide.

https://www.youtube.com/watch?v=daDM4zeYofA

O celulóide não funcionou muito bem para as bolas, que acabaram sendo feitas com outro tipo de plástico feito à base de petróleo (como os mais conhecidos hoje em dia), inventado um pouco adiante. Mas o celuóide acabou virando a matéria prima para filmes, apesar de altamente inflamáveis e terem causado a morte de muita gente, carbonizada dentro de salas de exibição.

Hoje, o plástico passou de herói para vilão porque não se desfaz e não é absorvido pela natureza o que acabou criando um problema gigantesco para o planeta por causa do acumulo. Nem sacolinha de supermercado pode mais.

Para conhecer mais detalhes dessa história, recomendo a leitura deste post.

 

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