Tem brasileiro indicado A um prêmio considerado o Nobel de Educação. E quase ninguém sabe disso.

[su_heading size=”26″ align=”left” margin=”0″]Pela primeira vez na História, um brasileiro foi indicado ao “Global Teacher Prize” – prêmio criado pela Varkey Foundation, considerado o Prêmio Nobel de Educação.[/su_heading]

Márcio Andrade Batista, professor, é doutor da Universidade Federal de Uberlândia, a UFU, concorre junto com 50 finalistas, vindos de 29 países diferentes, a uma bolsa de US$ 1 milhão. O ganhador do prêmio será revelado em março, durante um evento em Dubai.

Especializando-se em Engenharia Mecânica, Márcio leciona na Universidade Federal do Mato Grosso, a UFMT, onde o foco principal são pesquisas sobre sustentabilidade – ao mesmo tempo, ele desenvolve uma tese de doutorado que visa analisar a influência das soldas de aço inoxidável na cadeia produtiva do leite. Simplificando: ele pesquisa maneiras de melhorar a qualidade da produção da bebida.

A história toda é ótima e seria ainda melhor se os brasileiros estivessem minimamente importando-se com isso. Na teoria, todo mundo sabe que o nosso país está há anos-luz de valorizar a educação e principalmente os profissionais que se dedicam diariamente a ensinar os outros. Na prática, uma rápida prova-dos-nove é capaz de escancarar essa distorção de interesses que rola na sociedade brasileira – e que não é de hoje.

Veja bem: pesquisando rapidamente no Google, somente em páginas brasileiras, pelo nome completo do Márcio, o professor indicado ao Nobel de Educação, encontramos, de cara, 632.000 resultados. Mas sabemos que, especialmente nesse começo do ano, esse não é um assunto que gera interesse do brasileiro. Experimentando pesquisar, por exemplo, BBB 16 (Big Brother Brasil), que estreou na televisão não tem nem três semanas, o número de resultados é 2.660.000. E em fevereiro, mês de Carnaval… “Carnaval de rua em SP” na ferramenta de busca, enter: 717.000 resultados.

Essa brincadeira é só uma pequena amostra de que, se Márcio realmente levar o prêmio – e sim, as chances são boas – poucas pessoas ficarão sabendo. A maioria delas vai continuar proliferando que o Brasil é um país atrasado. Que o brasileiro não estuda. Que o país nunca vai pra frente. É uma pena.

Os heróis do nosso país não saem no jornal. São anônimos.

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