Ciranda de Filmes, um resgate à infância

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(post enviado pela leitora Karen Rozenbaum)

Ciranda de filmes é um festival sobre e para celebrar a infância. Diria quase que é um alimento para nossa alma.

Na sua 2a edição, ele ocorre de 20 a 24 de maio no Cine Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, e no CineSesc, na rua Augusta. São mais de 35 filmes nacionais e estrangeiros, que não chegam no circuito por aqui, todos carinhosamente selecionados pela cineasta Fernanda Heinz Figueiredo e por Patrícia Durães, diretora do Grupo Espaço de Cinema.

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Tive a alegria de acompanhar alguns dos filmes, rodas de conversas e oficinas destes últimos dias. Na quarta-feira foi a noite de abertura para convidados no Auditório do Ibirapuera. O filme de introdução foi “Território do Brincar”, dirigido pela Renata Meirelles com seu marido David Reeks e com produção da Maria Farinha Filmes.

ciranda2(equipe do longa-metragem na cerimônia de abertura)

Já conhecia o trabalho da Renata relacionado ao mapeamento das milhares de brincadeiras que existem no nosso Brasil (vale a pena acessar o site do Território do Brincar para conhecer mais), mas o filme é realmente um chamado de atenção. Não apenas para resgatar o que é a infância e o potencial criativo imenso que as crianças têm, mas para reavaliarmos nosso olhar viciado. Deliciosos registros de crianças brincando captados pelo sensível olhar de David. Sem falar na trilha sonora, criada especialmente para compôr o filme. Vale à pena. Dia 28 estreia nos cinemas.

Na Oficina “Desvendando o Processo Cinematográfico” os diretores, a roteirista e a montadora apresentaram como foram os 21 meses que o casal, junto com seus filhos, percorreram e viveram em mais de 9 cidades espalhadas pelo nosso país, brincando e recebendo tanto carinho e informação das crianças.

mapa 9 regioes Territorio do Brincar

Eles contaram que depois de cerca de dois meses e meio convivendo com as pessoas de cada povoado, Renata e David faziam uma sessão de cinema para mostrar as captações (material bruto mesmo), que tinham filmado das crianças brincando.
“Até hoje lembro do comentário que uma senhora me fez depois de assistir a uma dessas sessões:
— Renata, o que vocês fazem é o espelho de Oxum. Vocês nos mostram a beleza que temos em nossas crianças, muito obrigada.”

Outro filme da Ciranda que me chamou a atenção foi “Sam”, da diretora suíça Heleza Hazanov. A história de um garoto de uns 10 anos, com suas ânsias e alegrias, ao ter que conviver com seu pai alcoólatra enquanto a mãe viajava.

Pena que são apenas quatro dias de festival. Gostaria que mais pessoas, além das educadoras e professoras, que são o grande público do festival, soubessem e frequentassem essa iniciativa tão maravilhosa do Instituto Alana e do Península.

Um resgate sobre a infância. Um resgate dos nossos valores. Uma volta à nossa própria infância. Vale a pena.

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