Todos nós nascemos com algum(s) talento(s) artístico(s), seja em que área for, mas poucos conseguem estabelecer um estilo original e único em seu trabalho.
Esse é o caso de Vince Low, um artista de quase 40 anos de idade, natural de Kuala Lumpur, capital da Malásia. (Sim, aquela cidade onde estão fincadas as torres gêmeas Petronas, que estão na lista dos prédios mais altos do mundo).
Ele apresenta suas obras de arte como rabiscos, em que seus traços de lápis vão em todas as direções, quase como linhas aleatórias, numa técnica particularmente inusitada, explorando luzes e sombras e com um resultado genial.
Vince desenha artistas, esportistas, políticos, animais e sua capacidade de captar e imprimir expressões faciais e movimentos é espetacular!
A primeira vez que vi seu trabalho, 7 anos atrás, achei que ele fazia algum tipo de decalque e rabiscava por cima, mas não, senhoras e senhores! É tudo na mão, sem truques! Só traquinagem da boa, veja:
Elvis
Bob Marley
DISLÉXICO COM ORGULHO
Vince Low tem dislexia que, segundo pesquisei no site da Associação Brasileira de Dislexia (ABD), não se trata de uma doença, mas é um “transtorno específico de aprendizagem de origem neurobiológica, caracterizada por dificuldade no reconhecimento preciso e/ou fluente da palavra, na habilidade de decodificação e em soletração.”
Ele descobriu isso quando assistiu a um vídeo sobre como as letras piscam e se movem quando um disléxico as lê.
“Fiquei chocado, atordoado e sem palavras! Naquele momento, descobri que também era disléxico! A dificuldade de aprendizado que eu vivenciava não era normal para todos, a maioria das pessoas não vê as letras pulando, se mexendo ou piscando quando lêem.
Fiquei absolutamente surpreso! Eu não sabia o que sentir.“
Sua primeira reação foi de decepção consigo mesmo, mas não se acomodou e acabou encontrando sua paixão por desenho, ilustração e tudo o que tem a ver com artes, o que lhe trouxe muito sucesso, sendo a pessoa escolhida para trabalhar na primeira campanha de dislexia há alguns anos em seu país.
“Comecei a trabalhar em muitas campanhas de dislexia, para alcançar nosso público-alvo e educá-lo sobre dislexia – que não é uma maldição, mas uma bênção disfarçada.
Acredito que campanhas bem-sucedidas de conscientização ajudarão a mudar a vida de muitas crianças, o que as guiará para o lado melhor e mais brilhante de serem disléxicos.
Por fim, espero que os pais que têm filhos com sintomas disléxicos dêem aos filhos a chance de descobrir seu talento. E os colegas disléxicos, se você ainda está se sentindo perdido, saibam que há algo especial dentro de você, e tudo que você precisa fazer é descobri-lo e acreditar em si mesmo. Sinceramente, espero ver o brilhantismo em cada um de vocês.”
Vince Low é super engajado nessa questão da dislexia, quase um embaixador da causa e, como forma de incentivar os disléxicos e até desmistificar preconceitos, ele usou o método “Rabisco” para descrever o caos que está sempre presente na mente de uma pessoa com dislexia.
“Mas desse caos pode surgir a criação”, diz ele.
Seu projeto ‘Faces’ foi criado quando, como ilustrador chefe da agência de publicidade Gray, fez três retratos de disléxicos famosos para mostrar que o distúrbio não pode servir de desculpa para o comodismo, por isso o slogan escolhido foi:
“Essas três pessoas famosas sofriam de dislexia, mas ainda eram líderes em sua geração, criadores, visionários e artistas que não permitiram que a dislexia impedisse seu crescimento.”
Os 3 disléxicos famosos são: Albert Einstein, John Lennon e Pablo Picasso.
“Dislexia não limitou Einstein”.
Um lembrete para nunca se limitar, não importa o que as pessoas digam para derrubá-lo.
“Dislexia não conseguiu esconder o talento de Lennon”
Um testemunho sobre ser verdadeiro consigo mesmo.
“A dislexia falhou em reprimir Picasso”
Um lembrete para ser duro diante de seus medos.
Se sendo Low ele faz isso, imagina se fosse High! (Tá, parei! Desculpa! rs)
Para saber mais sobre o incrível trabalho de Vince Low e até mesmo comprar sua arte, visite os endereços abaixo. Vale MUITO a pena!
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