A favor do jogo justo, Minecraft proíbe NFTs no game

Mojang Studios quer evitar modelos de escassez e exclusão, “que conflitam com o espírito de Minecraft”

Nada de NFTs! O Minecraft, um dos mais populares games do mundo – especialmente entre o público mais jovem -, tomou uma decisão que vai, com toda a coerência, contra um movimento global, proibindo o uso de NFTs dentro da sua plataforma. A medida, anunciada em um post no blog da Mojang Studios, empresa adquirida pela Microsoft, destaca que o uso dessa tecnologia dentro do game “pode criar modelos de escassez e exclusão, o que conflita com nossas diretrizes e o espírito de Minecraft”.

Com visual poligonal e “tosco” para muita gente, o Minecraft faz desde 2009 o que muita gente hoje chama de “Metaverso”. Sem fases ou objetivos definidos, a plataforma é feita para que o player crie “mundos”, estruturas e interaja com os demais participantes, podendo construir, criar, comprar e vender itens – e aí que se instala o problema. Com o boom das NFTs – itens únicos, registrados e controlados em blockchain -, mutos estão explorando o jogo (e a boa vontade / inocência dos jogadores) para criar itens exclusivos e vender a preços literalmente fora da realidade.

Com isso, fica proibido no jogo a comercialização de mundos, skins (as famosas “roupinhas”), itens e outros elementos registrados em blockchain. Afinal, como enfatiza o texto, “A mentalidade especulativa de preços e investimentos em torno de NFTs tira o foco de jogar o jogo e encoraja o lucro, o que achamos inconsistente com a alegria e o sucesso de longo prazo de nossos jogadores”.

Isso, porém, não deve afetar uma parte essencial do jogo, que traz muito da criação, troca e venda de itens gerais, seja pelas moedas virtuais do próprio game, seja em transações financeiras. Mas sim controlar o discurso sedutor de “exclusividade” trazido pelas NFTs e, como o próprio texto oficial menciona, “com preços artificiais ou fraudulentamente inflados”. “Reconhecemos que a criação dentro do nosso jogo tem valor intrínseco e nos esforçamos para fornecer um mercado onde esses valores possam ser reconhecidos”, completa o posicionamento oficial.

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