As controvérsias de um UX criado para viciar

Recentemente ao presenciar uma maravilhosa palestra do TEDx Humans, not Users, ministrada pelo UX Design Johannes Ippen, me deparei com uma questão um tanto controvérsia que existe no mundo do Design.

Apesar de ser um iniciante nesta tão maravilhosa jornada do UX, que em sua essência é projetar soluções para problemas existentes na sociedade, pensando exclusivamente nos usuários, já me encontro refletindo sobre tal questão: Será que me tornarei um profissional que priorizará o vício dos usuários?

Pois indiretamente falando, se temos um usuário que não consegue deixar de utilizar seu App ou Site, se aquilo se tornou um hábito, é por que você teoricamente teve sucesso no que projetou.

Os grandes players

Grandes empresas como Netflix, Meta, Instagram, WhatsApp, Twitch e outros, trabalham com uma equipe de UX altamente produtiva e concentrada em manter sua atenção naquele aplicativo.

Sua atenção e o seu tempo virou o bem mais valioso buscado por esses grandes players do mercado.

Mas será que isso realmente é algo que supre a necessidade dos usuários? Ou estas empresas atingiram um âmbito mais profundo do subconsciente das pessoas as tornando viciadas em seus produtos?

Reflexão

Deparado com este tema, me vejo alertado a este tópico pois acredito que a interação humana deve ser mais valorizada. Deve ser mais comum, mesmo no mundo que se torna cada vez mais digital.

Aplicativos e soluções para usuários deveriam estar lá, quietos, apenas esperando pelo usuário assim que eles precisarem daquilo.

Seria como se sentir abraçado pela solução, imagina que incrível!

E não ser bombardeado com técnicas de vendas, gatilhos mentais de chamada de atenção, manipulação de cores alarmantes, tudo para tirar sua atenção e o tornar, pouco a pouco, uma pessoa mais ansiosa, aguardando inconsciente por algum sinal de alerta.

É importante entender, que a vida acontece fora das máquinas. Que as soluções que devemos buscar para o Design precisa focar em resolver problemas que existem, pelo bem da sociedade e não apenas pelo bem financeiro de uma organização.

Esta reflexão é um alerta, um sinal de aviso, um lembrete, talvez para mim mesmo, de que eu devo me tornar um profissional de UX que valorize a interação humana, a serenidade e a gentileza acima de tudo.

E que os problemas sejam resolvidos de forma tranquila, não privando o usuário, que aliás, é um ser humano, de uma vida pacífica digitalmente.

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