Um tipo diferente de ilusão de ótica: a psicológica

Olhe para a imagem acima, o que você vê?

Muito provavelmente você descreverá a cena como um grupo de pessoas (e um cachorro), talvez uma família, possivelmente dentro de casa, em uma sala com uma janela.

Quando essa mesma pergunta foi feita para os moradores do leste da Africa, praticamente TODOS os entrevistados responderam que era uma família embaixo de uma árvore, com uma mulher com uma lata na cabeça.

A maneira como uma pessoa percebe uma imagem depende imensamente de onde ela mora e consequentemente do seu repertório pessoal e cultural. Os africanos do leste do continente, que não estão acostumados com construções e os cantos angulados da nossa arquitetura, não entendem aquela quina como a junção de 3 planos e nem tampouco aquele buraco no meio da parede como uma janela. Por outro lado, você e eu dificilmente iríamos pensar em uma árvore ou uma lata equilibrada na cabeça.

Robert_Laws_and_others_1914A teoria da influência da cultura e do ambiente na percepção visual foi explorada pela primeira vez pelo missionário escocês Robert Laws, durante sua estadia em Malawi no final do século 17, provavelmente por notar suas próprias diferenças de percepção com os habitantes locais, o que o incentivou a pesquisar mais sobre o assunto.

Assim, da mesma maneira como acontece com as ilusões de ótica clássicas, nessa também percebemos uma imagem que é interpretada muito pelo o que tendemos a enxergar e a entender como real.

A maneira como “enxergamos” o mundo vai além de nossos olhos. Nossos sentidos jogam o mundo a nossa volta para dentro do nosso cérebro e aí… bom, aí vale a mistura com o que já está lá dentro, não é mesmo?

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