A “ilha fantasma” do Japão

Tinha que ser no Japão, não é?

Com uma área inferior a 1km², Hashima, também chamada de Gunkanjima ou Gunkanshima (軍艦島), foi habitada por mineradores em 1887, que trabalhavam na área de mineração em águas profundas. Situada a 15 quilômetros de Nagasaki e parte de um arquipélago de 505 ilhas não habitadas da cidade, Hashima foi comprada pela Mitsubishi em 1890 durante a expansão industrial do Japão. A intenção da empresa era das mais ousadas: construir uma cidade no meio do mar. Hashima serviu de moradia para trabalhadores da área de extração de carvão.

Lá, foi construído o primeiro edifício de concreto de largas proporções, um conjunto de apartamentos para abrigar a população crescente. Hashima chegou ao ápice de 5259 habitantes no ano de 1959 – e, a partir daí, começou seu declínio. Com a substituição do carvão pelo petróleo como fonte de energia, diversas minas de carvão foram fechadas no Japão, inclusive as de Hashima.

A Mitsubishi encerrou as atividades na ilha em 1974. O local foi totalmente evacuado e, por vinte anos, permaneceu fechado e restrito ao público. Apenas em 1999, o acesso foi restabelecido.

A partir da visita de turistas e registros fotográficos, o mundo pôde notar o estado em que o lugar se encontrava, visivelmente abandonado e sem o mínimo de infra-estrutura. Por isso, Hashima adquiriu a alcunha de ilha fantasma.

Veja abaixo algumas imagens que retratam a ilha em sua atual condição.

Chocante, não? Tenho uma impressão muito forte ao ver essas imagens. Parece se tratar de um lugar que não seguiu em frente… Permaneceu estático no tempo e guarda muitas memórias. Também mostra o que pode acontecer com o que o ser humano constrói, a partir do momento em que ele decide abandonar sua criação.

Curiosidades

  • Muitas polêmicas envolveram a ilha. A principal dizia respeito ao trabalho escravo de sul-coreanos na extração de carvão durante a Segunda Guerra Mundial.
  • Hashima foi locação do filme 007: Operação Skyfall, servindo de esconderijo para o vilão interpretado por Javier Bardem.
  • Em 2013, um funcionário do Google foi enviado ao local para registrar imagens para o serviço Street View. Você pode fazer uma viagem pela ilha clicando aqui.
  • Em julho do ano passado, Hashima foi declarada patrimônio mundial, após o Japão e a Coréia do Sul resolverem um impasse acerca do trabalho escravo de coreanos na ilha.
  • Uma área restrita de Hashima continua aberta para visitação.
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